O Presidente da República, Filipe Nyusi, autorizou o regresso aos treinos dos clubes que disputam o Moçambola 2021, devendo cumprir os protocolos sanitários, isolando os jogadores e intervenientes que testaram positivo para a COVID-19, mas não autorizou a retoma do campeonato nacional, por considerar que os clubes ainda não estão preparados.
Filipe Nyusi diz que apesar dos resultados encorajadores dos testes realizados, os clubes devem ter o compromisso de realização de testes regulares para melhor controlarem a pandemia, lamentando o facto de muitos clubes não terem feito testes antes do início do Moçambola. Ou seja, alguns clubes só realizaram dois testes de despiste da COVID-19, os mesmos que foram exigidos pelo Governo.
Estes pronunciamentos foram feitos durante o encontro que o Chefe do Estado manteve com os desportistas, para debater possível retoma do desporto.
Na ocasião, o director do Instituto Nacional de Saúde, Ilesh Jani disse que os resultados baixaram significativamente, comparados com os resultados da primeira testagem, efectuada a 13 de Fevereiro. Ou seja, se na primeira testagem a taxa de positividade global era de 12.3%, resultados que culminaram com a não autorização de regresso aos treinos por parte de oito clubes que tiveram taxa acima de 10%, desta vez os resultados indicaram uma taxa de positividade de 5%, ao todo. Ou seja, a cada 20 pessoas testadas na passada quinta-feira, um estava infectado, o que em termos taxativos há condições para retoma aos treinos.
Ainda assim, o director do Instituto Nacional de Saúde diz que a situação é preocupante, tendo em conta que há clubes que não têm nenhum caso positivo, mas por causa das viagens que terão que fazer de um canto para o outro, acabem sendo infectados pelos seus adversários.
Entretanto, apesar desta preocupação apresentada pelo Instituto Nacional de Saúde, os dirigentes desportivos, particularmente do futebol, apelaram ao bom senso do Presidente da República para que autorize a retoma dos treinos e da competição, até porque há compromissos internacionais que precisam ser cumpridos, nomeadamente o CAN e o Mundial,
A Federação Moçambicana de Futebol compromete-se a realizar testes rápidos semanalmente para melhor controlo da positividade dos atletas, ao mesmo tempo que garante cumprimento do protocolo sanitário, mesma promessa dada pela Liga Moçambicana de Futebol.
Entretanto, as federações nacionais presentes, consideram que a intervenção do Governo podia virar-se para as modalidades que não são de riscos e que elevam a bandeira de moçambique além fronteiras.