Decorridos quatro anos de formação pela Academia de Ciências Policiais (ACIPOL), os cerca de 104 finalistas do décimo terceiro curso de licenciatura em Ciências Policiais foram, ontem, patenteados e promovidos à patente de sub-inspectores, uma cerimónia orientada pelo Comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, na companhia do reitor da ACIPOL, José Mandra, dentre vários membros seniores do Ministério do Interior.
Hoje, coube ao Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Filipe Nyusi, dirigir a cerimónia de graduação dos mesmos.
No evento houve premiação dos três melhores classificados do décimo terceiro curso e, por fim, o desfile dos oficiais.
No início do seu discurso, o Comandante em Chefe das Forcas de Defesa e Segurança (FDS) disse que a aposta na constante capacitação das forças policiais faz parte da política e estratégia nacional de defesa e segurança e materializa a visão do Governo, segundo a qual a formação do capital humano é o melhor e mais sustentável investimento rumo ao progresso e bem-estar. Filipe Nyusi garante que o Governo vai continuar a apostar na formação e capacitação de quadros.
Sob ponto de vista social, segundo Nyusi, a Polícia tem um papel importante na implementação de políticas públicas, segurança social.
“Fenómenos como a justiça pelas próprias mãos, os vulgos linchamentos exigem uma abordagem multidisciplinar muito emergente para que possamos compreender as suas verdadeiras causas e desenhar soluções mais apropriadas para enfrentarmos o fenómeno”, disse Filipe Nyusi.
Num outro desenvolvimento, Nyusi chamou a atenção dos graduados para o combate e prevenção dos crimes cibernéticos com efeitos perversos devido à sua rápida propagação e dificuldade de reparação dos danos causados, daí que é fundamental que as forças da lei e ordem tenham total domínio desta ferramenta para que através dela sejam capazes de identificar os sinais de potenciais actividades criminosas bem como os seus autores e tomar medidas necessárias em tempo útil.
É vontade de Nyusi ver ou ter uma polícia proactiva menos coerciva.
“Lembrem-se sempre que é vosso dever tratar os nossos concidadãos com respeito e dignidade, o uso da força para se fazer cumprir a lei deve ser uma excepção, queremos que a vossa presença no terreno junto dos vossos colegas mais experientes produza sinergias positivas que contribuam para a melhoria da prestação de serviços aos cidadãos, se traduza em maior segurança, tranquilidade e ordem públicas”, assegurou o Comandante-chefe das FDS.