Os relatos que circulavam sobre uma “tentativa de envenenamento” através de uma carta, do Chefe do Estado da Tunísia, Kais Saied, foram confirmadas esta quinta-feira pelo gabinete do Presidente.
Segundo o comunicado, citado pela agência Associated Press (AP), uma carta foi recebida na segunda-feira de um “remetente desconhecido” e dirigida a Kais Saied.
Esta quinta-feira, o gabinete do Presidente anunciou que a carta foi aberta pela principal assessora do Chefe do Estado que neste momento encontra-se internada no hospital militar da Tunísia.
“Ao abri-la, a assessora não encontrou nenhum documento escrito, mas a sua saúde deteriorou-se rapidamente. Ela subitamente sentiu-se fraca, quase perdeu a visão e teve uma enxaqueca”, relatou o documento, adiantando ainda que outro funcionário que estava na mesma sala sentiu-se também doente.
A carta foi enviada para análise num departamento especial do Ministério do Interior, indica a AP.
O porta-voz da procuradoria de Túnis, Mohsen Dali, disse que uma brigada especial das forças de segurança está a investigar o caso.
O comunicado do gabinete do Presidente afirma também que a decisão de não divulgar a informação no dia do incidente foi tomada “para evitar o pânico” entre a população.
A nota sublinha que Saied “não foi afectado” pela carta envenenada e estava com boa saúde.