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A Associação Black Bulls intensifica a preparação, tendo em vista o jogo da primeira jornada do Grupo “D” da fase de grupos da Taça CAF, frente ao Zamalek do Egipto. A partida entre as duas equipas será disputada dentro de uma semana, ou seja, na próxima quinta-feira. 

Os “touros” iniciaram os trabalhos, esta segunda-feira, depois de Hélder Duarte ter dado uma semana de descanso aos seus jogadores, após a conquista do Moçambola. 

A equipa ganhou reforço, com a integração dos cinco jogadores, que estiveram ao serviço da selecção, no caso Ernani, Nené, Chamboco, Martinho e Melque. A viagem do representante moçambicano para o Egipto está agendada para três dias antes do jogo. 

Recorde-se que esta é a primeira vez que a Black Bulls chega à fase de grupos das competições africanas. 

Os Mambas qualificaram-se pela segunda vez consecutiva para uma fase final de um CAN. Esta é a segunda vez que a selecção nacional se apura duas vezes seguidas para um Campeonato Africano das Nações, depois de 1996 e 1998. Para esta qualificação, os Mambas tiveram uma das melhores pontuações de sempre.
Moçambique está em festa com a qualificação dos Mambas para a sua sexta fase final de um Campeonato Africano das Nações, CAN. Uma história que está a ser feita de forma constante nos últimos anos, pelo menos desde que Chiquinho Conde assumiu as rédeas dos Mambas.
Aliás, Chiquinho Conde só sabe fazer história no comando da selecção nacional de futebol. Com a sua chegada aos Mambas, em 2021, Chiquinho só soma conquistas e, a cada competição, faz história para o país.
No seu primeiro objectivo, após a sua contratação, Conde qualifica os Mambas para a fase final do CHAN da Argélia, em 2022, oito anos depois, numa competição em que se apurou pela primeira vez para os quartos-de-final.
Ainda no mesmo período, o técnico consegue o seu segundo objectivo: devolver a selecção nacional à alta roda do futebol africano, nomeadamente a uma fase final de um CAN, nomeadamente ao CAN da Costa do Marfim, em 2023, 13 anos depois da última participação.
Mas não terminou por aí: depois da renovação de contrato, o Conde de Moçambique somou o terceiro grande objectivo: qualificar pela segunda vez consecutiva os Mambas para uma fase final do CAN, desta feita para Marrocos, em 2025.
Esta é a segunda vez que os Mambas conseguem dois apuramentos seguidos a um CAN, depois de o terem feito para os CAN de 1996 e 1998, respectivamente, na África do Sul e no Burkina Faso.
Chiquinho Conde consegue, assim, fazer o que nenhum outro seleccionador tinha conseguido com os Mambas em apenas três anos: duas qualificações para o CAN, uma qualificação para o CHAN, com uma passagem aos quartos-de-final, e uma caminhada a ser feita de forma tranquila na fase de apuramento ao Mundial de futebol.
Caminhada para Marrocos com apenas uma derrota
A qualificação para o CAN de Marrocos terá sido das mais tranquilas e menos penosas para os Mambas. Apesar de ter sido sorteada num grupo difícil, com Mali a ser cabeça-de-lista, Guiné-Bissau era tida como a selecção com a qual os Mambas iriam lutar pela segunda vaga. Havia contas a fazer com os Djurtus.
A caminhada começou em Setembro, com um empate fora de portas diante do Mali, a um golo, em Bamako, que abria muitas expectativas em relação à luta pelo apuramento. A Guiné-Bissau vencia Eswatini e era o primeiro líder do grupo.
Seguiu-se a vitória caseira diante da Guiné-Bissau por duas bolas a uma, que colocava os Mambas na liderança do grupo, com os mesmos quatro pontos do Mali, que também vencia Eswatini, mas à tangente.
Em Outubro foram dois jogos que podiam ter ditado a qualificação antecipada, sem depender de mais ninguém e sem passar por dúvidas. Afinal o adversário era a “frágil” selecção de Eswatini.
Porém, um empate caseiro a um golo deixou dúvidas em relação às expectativas de qualificação. No entanto, noutro jogo, Guiné-Bissau e Mali também empataram e deixaram tudo em aberto.
Na deslocação a Mbombela para defrontar Eswatini para a quarta jornada, os Mambas venceram por 3-0 e continuaram na liderança, ainda em igualdade pontual com Mali, que também vencera a Guiné-Bissau.
Em Novembro, os Mambas ainda estremeceram após derrota caseira diante do Mali, por uma bola sem resposta, mas foram agraciados pelo empate dos Djurtus diante de Eswatini, a um golo. Foi preciso esperar pelo último jogo, em Bissau, diante do directo adversário na luta pela qualificação, num jogo em que um empate servia para a qualificação para o CAN.
Chiquinho Conde não quis o empate e terminou com vitória por duas bolas a uma, fazendo a festa no mesmo palco onde há cinco houve tristeza, numa vingança servida fria.
Segunda melhor pontuação de sempre
Com a vitória na Guiné-Bissau os Mambas terminaram com 11 pontos, a segunda maior pontuação em fase de qualificação para o CAN, superada apenas pela qualificação de 1996, que terminou com 20 pontos. Na qualificação para o CAN 1998, os Mambas terminaram com 10 pontos, tal como no apuramento para o CAN 2023. Para o CAN de 2010, os Mambas somaram sete pontos e foram um dos quatro melhores terceiros de todos os grupos que garantiram a qualificação.
Ao todo, os Mambas marcaram nove golos e sofreram cinco, com Stanley Ratifo a ser o melhor marcador com três golos, marcados a Eswatini, na terceira e quarta jornadas, e Guiné-Bissau, na sexta jornada, seguido de Geny Catamo com dois golos apontados a Mali, na primeira jornada, e Eswatini, na quarta.
Ricardo Guima, Elias Macamo, ambos com golos apontados à Guiné-Bissau na segunda jornada, Dominguez, que marcou ao Eswatini na quarta jornada, e Bruno Langa, que marcou em Bissau, foram os outros marcadores dos Mambas.
RESULTADOS DOS MAMBAS NO GRUPO I
SETEMBRO
Mali 1-1 Moçambique
Moçambique 2-1 Guiné-Bissau
OUTUBRO
Moçambique 1-1 Eswatini
Eswatini 0-3 Moçambique
NOVEMBRO
Moçambique 0-1 Mali
Guiné-Bissau 1-2 Moçambique
CLASSIFICAÇÃO GRUPO I
JVEDGMGSP
1. Mali 6 4 2 0 10 1 14
2. Moçambique 6 3 2 1 9 5 11
3. Guiné-Bissau 6 1 2 3 4 6 5
4. Esswatini 6 0 2 4 2 13 2

Os Mambas estão no CAN de Marrocos. A selecção nacional venceu a sua congénere da Guiné-Bissau por 2-1, qualificou-se ao CAN de Marrocos, e vingou-se da eliminação de 2019, em pleno Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau. Bruno Langa lançou um míssil e Ratifo teve a cabeça no lugar para colocarem o combinado nacional na fase final de um CAN pela sexta vez e segunda consecutiva

Chiquinho Conde já dizia que é difícil vencer no Estádio Nacional do Zimpeto e prometeu que fora a selecção iria vencer. Profecia ou não, Conde voltou a ter razão e os Mambas venceram, fora de portas, e garantiram a qualificação ao Campeonato Africano das Nações, CAN-2025.

Não foi preciso muito. Num jogo em que um empate servia, Conde havia garantido que a selecção não entraria para jogar pelo empate, mas pela vitória. Uma vitória que acabou por ser tão doce quanto mel, num estádio onde choramos uma eliminação, e ontem, fizemos a festa da qualificação.

 

Mudanças e entrar a vencer

Chiquinho Conde fez as alterações necessarias para colocar uma selecção mais ofensiva, com objectivo claro de pressionar o adversário e criar oportunidades de golos. Da equipa inicial que defrontou Mali foram três as alterações promovidas por Chiquinho Conde, nomeadamente as saídas de Nené, Dominguez e Clésio, entrando para os seus lugares Alfonso Amade, Pepo e Gildo.

Assim, os Mambas entraram de início com Ernan na baliza, Bruno Langa e Infren nas laterais, Reinildo e Mexer no centro da defesa. O primeiro tampão era feito por Alfonso Amade e Ricardo Guima, como pivôs, enquanto Pepo fazia o papel de Dominguez no centro do campo, com Gildo na esquerda e Geny na direita, em apoio a Ratifo, o avançado de referência.

O objectivo e plano de Chiquinho Conde até deu certo, uma vez que os Mambas não deram espaços para os Djurtus nos instantes iniciais e estiveram na frente, a jogar de igual para igual. E o resultado começou a fazer sentido ainda cedo, quando ao minuto nove Bruno Langa disferriu um canhão do meio da rua que só parou no fundo das malhas de Manuel Balde.

Ainda cedo e os Mambas já vencia e provocavam mais pressão e nervosismo nos Djurtus.

Com o nervosismo da Guiné-Bissau, os Mambas aproveitavam para controlar e ter mais posse de bola, perante vários protestos dos adeptos nas bancadas a cada jogada mal executada. Nem mesmo quando a defensiva dava algum espaço aos Djurtus, os seus avançados não conseguiam acertar com a baliza de Ernan, o que dava mais confiança aos moçambicanos.

Perto do final da primeira parte os Mambas começaram a dar mais espaços a Guiné-Bissau, que começou por ameaçar num cabeceamento de Mama Baldé, após corte defeituoso de Ernan, num canto, por cima.

Depois uma má abordagem de Mexer, que tentou atrasar para Ernan, que não consegue o domínio e oferece o pontapé de canto. Do canto Ernan se faz à bola e Betuncal cabecea para o fundo das malhas, a empatar o jogo, aos 41 minutos.

Galvanizada a selecção da Guiné-Bissau, e com apoio do árbitro, começou a encomodar mais a zona defensiva dos Mambas, sem contundo voltar a marcar.

O intervalo chegou com o empate a prevalecer e com muitas dúvidas em relação a o que Chiquinho Conde iria fazer na segunda parte.

 

Estancar acção ofensiva da Guiné-Bissau e novamente os Mambas a marcarem

Chiquinho Conde viu o desgaste dos jogadores moçambicanos no final da primeira parte e a subida das linhas por parte da Guiné-Bissau e, por isso, não pensou duas vezes e começou a fazer alterações, com saída de Pepo e a entrada de Nené, com intuíto de estancar a acção ofensiva.

Reforçou a defesa e permitiu que a equipa subisse para pressionar o seu adversário e, tal como na primeira parte, os Mambas entraram a marcar. Canto da esquerda cobrado por Geny Catamo para a cabeça de Ratifo que não dispediçou.

Novamente Moçambique na frente do marcador e a Guiné-Bissau atrás do prejuizo.

Mas desta vez Moçambique não jogou na defensiva e continuou na frente. Geny ainda sofreu uma falta dentro da área, mas o árbitro não assinalou a grande penalidade.

O seleccionador nacional começou a pensar no tempo e no resultado e apostou em defender ainda mais, tirando Ratifo no ataque e colocar no seu lugar Chamboco, a permitir uma nova dupla de centrais, agora entregue a Mexer e Chamboco, com Reinildo a descair para a esquerda e Bruno Langa a subir no terreno. Depois foi Gildo a sair e ceder seu lugar a Clésio Baúque.

Nessa altura a selecção de Moçambique controlava os acontecimentos no relvado, a aproveitar a desconcentração dos Djurtus, que não encontravam soluções para reverterem o resultado.

Guima acabou saindo lesionado e no seu lugar entrou Dominguez, que em pouco tempo começou a empurrar a equipa para frente, lançando por duas vezes Clésio Baúque, que teve oportunidades de marcar, mas sem acertar com a baliza de Manuel Baldé.

Nem mesmo a pressão no final do encontro fez os Mambas vergarem e no final houve festa no mesmo palco que há cinco anos foram choros. Uma vingança bem servida e uma Boa Morte ao Luís, o seleccionador guineense.

Estamos novamente num CAN, depois de 1986, 1996, 1998, 2010 e 2023. Desta vez, com uma selecção ainda mais forte, os Mambas terão algo a dizer na fase final de Marrocos.

Até lá Marrocos!

A selecção francesa venceu a sua congénere da Itália por três bolas a uma, naquele que foi o jogo grande da jornada 6 da Liga das Nações. Com este resultado, as duas selecções estão qualificadas para os quartos de final da competição.

A precisar de vencer por dois golos de diferença, para terminar em primeiro lugar, a equipa de Didier Deschamps entrou muito cedo a vencer no jogo com o golo de Rabiot. O segundo golo dos gauleses surgiu ao minuto 33 com o autogolo de Guglielmo Vicario. 

A Itália ainda deu incerteza ao resultado final com o golo de Andrea Cambiasso. Rabiot ao minuto 65 fez o resultado final.

A Inglaterra, por sua vez, venceu a Irlanda por 5-0 e ascendeu ao grupo A da competição. O inevitável Harry Kane entrou na lista dos marcadores. 

A Noruega conseguiu a ascensão ao grupo A da Liga Das Nações. Erling Haaland fez um Hat-Trick  e ajudou a sua seleção a chegar à elite do futebol europeu que beneficiou do empate da Áustria com a Eslovenia. 

A Áustria vai tentar subir ao grupo A, via Play off.

 

Os Mambas precisam de apenas um empate para garantirem a sexta presença numa fase final do Campeonato Africano de Futebol (CAF). A selecção defronta, na próxima terça-feira, a sua congénere da Guiné-Bissau em jogo da sexta e última jornada da fase qualificativa.

Os Mambas ocupam a segunda posição do Grupo I com oito pontos, mais três que a Guiné, que ontem empatou a uma bola frente à Eswatini.

A derrota diante do Mali por 0-1 adiou a decisão para a última jornada. É que se o combinado nacional tivesse vencido os malianos teria garantido a qualificação no Estádio Nacional do Zimpeto.

Caso também tivesse empatado qualificar-se-ia à maior prova futebolística africana ao nível das selecções, beneficiando-se do empate entre a Eswatini e Guiné-Bissau. Na partida de ontem, Moçambique até esteve bem, sobretudo na segunda parte, em que face às mudanças de Chiquinho Conde a selecção ganhou mais consistência.

O combinado nacional criou muitas oportunidades de golo, com destaque para os remates de Geny Catamo e Bruno Langa, porém sem conseguir concretizar. O golo de Kamory Doumbia acabou sendo decisivo no jogo. O Mali é a única selecção do grupo I que já garantiu a qualificação.

 

 

A selecção nacional de futebol perdeu a possibilidade de se qualificar ao CAN de Marrocos de forma antecipada, ao perder em casa diante do Mali por uma bola sem resposta. Os Mambas deixaram a decisão da qualificação para terça-feira, em Bissau, quando defrontarem a selecção local, para a última jornada.

Chiquinho Conde prometeu e cumpriu, ao montar uma selecção tradicional, no sistema habitual de 1x4x2x3x1, com os jogadores que tem sido titulares nos últimos jogos, com a inclusão de Mexer e Guima.

O jogo até começou com um agradecimento dos Mambas aos adeptos que estiveram nas bancadas do ENZ, depois de uma semana atípica e de incertezas que caracterizou o jogo. E por que não era fácil para Moçambique, Mali foi para cima do combinado nacional, criando a primeira situação de perigo num livre directo, bem defendido por Ernan.
A Mamba acordou do susto e também foi para frente ameaçar. Em três tentativas na mesma jogada, a bola não encontrou melhor caminho para a baliza depois de tentativas de remates de Ratifo, Geny e Clésio.

Nada que deixasse os malianos preocupados, que sem estremecer, foram para frente e numa jogada individual de Doumbia, marcaram, num remate rasteiro, sem hipóteses para Ernan, aos 18 minutos.
A reacção venenosa dos Mambas chegou em dose dupla. Primeiro aos 28 minutos, com Geny a rematar para defesa apertada do guarda-redes maliano, e minuto depois, com Bruno Langa a rematar forte, mas por cima.

Em jogada de contra ataque conduzida por Bruno Langa, Ratifo não consegui dar melhor seguimento e teve oposição de um contrário.

O intervalo chegou com a vantagem tangencial do Mali.

Na segunda parte os Mambas entraram transfigurados, apesar do poderio do Mali. Guima teve tudo para empatar o jogo, mas o guarda-redes maliano negou o golo.

Depois foi Bruno Langa, em dose dupla, primeiro numa jogava individual, a falhar por poucos centímetros, e depois servido por Guima, a rematar por cima.

Era o melhor momento dos Mambas.

Aliás, os Mambas estiveram bem melhores na segunda parte e só não tiveram sorte de marcar um golo.

Nas bancadas ainda se festejou quando Eswatini marcou diante da Guiné-Bissau, afinal era o resultado que colocava os Mambas na fase final do CAN. Mau gáudio que Eswatini tenha falhado uma grande penalidade que daria toda tranquilidade, e os guineenses acabaram por empatar a partida.
Aos Mambas cabia apenas marcar um golo, empatar a partida e carimbar o passaporte para Marrocos. Nem Geny Catamo, nem Bruno Langa e nem mesmo Elias Macamo conseguiram enganar o guarda-redes do Mali.

O jogo marcou a estreia absoluta de Chamito nos Mambas, que teve alguns minutos insuficientes para mostrar sua veia goleadora.

Terminou o jogo com vitória do Mali, que garante a qualificação ao CAN, enquanto os Mambas deixam a decisão da qualificação para terça-feira, diante da Guiné-Bissau, em Bissau. Um empate garante a qualificação, enquanto a derrota ainda faz o combinado nacional fazer as contas, para saber se apanha avião para Marrocos ou não, em Dezembro de 2025.

O Ferroviário de Maputo e a Associação Desportiva de Vilankulo disputam a última vaga das meias-finais da Taça de Moçambique ZAP, edição 2024. O jogo entre ambos, referente à segunda mão dos quartos-de-final, está marcado para este domingo, pelas 15h00, no Campo do Afrin, na Matola. Na primeira mão, na Maxixe, houve nulo

É o último jogo dos quartos-de-final da Taça de Moçambique ZAP, que vai opor o Ferroviário de Maputo à Associação Desportiva de Vilankulo. Segunda mão da segunda maior competição futebolística do país, que vai ditar a quarta equipa que vai disputar a “final four”, em Nampula, no final deste mês de Novembro.

Depois do nulo registado no jogo da primeira mão, na Maxixe, numa partida em que as duas equipas dispuseram de várias oportunidades para marcar, com os respectivos guarda-redes a serem os heróis, desta vez há que se encontrar um vencedor.

Esta é a segunda vez consecutiva que as duas equipas se cruzam no mata-mata da Taça de Moçambique ZAP, depois de no ano passado a formação de Vilankulo ter afastado os “locomotivas” da capital com goleada, de 3-0, na eliminatória única, na Maxixe.

Será que haverá desforra desta vez, num jogo em que a decisão é no campo (emprestado) do Ferroviário de Maputo, depois do nulo na primeira volta? Uma pergunta que somente no final dos 90 minutos, e caso contrário depois da marca das grandes penalidades, teremos resposta.

Para o Ferroviário de Maputo seria a vingança pelos últimos três maus resultados alcançados diante da Associação Desportiva de Vilankulo, nomeadamente para a Taça de Moçambique ZAP do ano passado, bem como para as duas partidas do Moçambola deste ano.

Ou seja, depois da derrota na Taça de Moçambique ZAP, edição 2023, por 3-0 na Maxixe, e consequentemente afastamento da prova, o Ferroviário de Maputo perdeu os dois jogos disputados este ano para o Moçambola-2024, nomeadamente 0-1 no campo do Afrin, na primeira volta, e 2-0 no Estádio Valdemar Oliveira, na Maxixe, na segunda volta.

Uma vitória do Ferroviário de Maputo este domingo não seria apenas a vingança pelos últimos resultados, mas também a oportunidade de salvar a honra da época, mantendo viva a esperança de conquistar um título nacional.

Para os “hidrocarbonetos” vencer este jogo seria a cereja no topo do bolo da sua superioridade perante o Ferroviário de Maputo nas duas últimas temporadas. Para além de ser oportunidade de disputar um troféu, que seria o primeiro a nível nacional para a colectividade.

No confronto directo as duas equipas já se defrontaram por 30 ocasiões, entre jogos do Moçambola e Taça de Moçambique, com ligeira vantagem para os “locomotivas” da capital do país, que venceram 12 jogos, dos quais 11 para o Moçambola e um para a Taça de Moçambique, contra 10 vitórias dos “hidrocarbonetos”, sendo nove para o Moçambola e um para a Taça de Moçambique.

Há ainda a destacar oito empates registados, sendo sete para o Moçambola e um para a Taça de Moçambique.

Ferroviário de Maputo vs Associação Desportiva de Vilankulo terá o apito de Celso Alvação, árbitro internacional de Inhambane, que será auxiliado por Zacarias Baloi (de Maputo) e Venestâncio Cossa (da cidade de Maputo). Simões Guambe, da cidade de Maputo, será o quarto árbitro.

O vencedor deste jogo vai defrontar, a 27 de Novembro corrente, no Estádio 25 de Junho, em Nampula, o Ferroviário da Beira, na segunda meia-final da Taça de Moçambique ZAP. Na outra meia-final, segundo ditou o sorteio, será disputado entre União Desportiva de Songo e Costa do Sol.

O vencedor da Taça de Moçambique ZAP será conhecido a 1 de Dezembro, na final que será disputada também no Estádio 25 de Junho, em Nampula.

Os Mambas defrontam esta sexta-feira a sua similar do Mali com único objectivo de vencer e conseguir a qualificação à fase final do Campeonato Africano das Nações, Marrocos-2025. A equipa técnica e os jogadores estão cientes das dificuldades, mas mostram-se confiantes num bom resultado e pedem apoio dos moçambicanos, numa semana considerada atípica por parte de Chiquinho Conde.

Quarto jogo da história entre as duas selecções no confronto directo, e um equilíbrio para ser quebrado esta sexta-feira, a partir das 18h00 no Estádio Nacional do Zimpeto.

Moçambique e Mali, com uma vitória para cada um e mais um empate nos três jogos já disputados, revelam o equilíbrio entre ambas, que vão entrar com a mesma ambição de vencer e se qualificar para a fase final do Campeonato Africano das Nações de Marrocos.

Vai ser um jogo nada fácil para nenhuma das duas equipas, olhado para o trajecto e para o posicionamento das mesmas na tabela classificativa, onde estão igualadas no topo da tabela classificativa.

Maior ambição têm os Mambas, que perseguem a segunda qualificação consecutiva à uma fase final do CAN, depois de terem estado no CAN deste ano, que teve lugar na Costa do Marfim.

 

Confiantes e preparados

Chiquinho Conde só teve todos os jogadores disponíveis para preparar o jogo desta sexta-feira somente na manhã de quinta-feira, quando realizaram o último treino no Estádio Nacional do Zimpeto.

Mas nada que altere a confiança e a segurança que os jogadores carregam para este embate. Ricardo Guimarães foi o porta-voz do balneário antes do jogo, e disse que o facto do grupo depender somente de si para chegar ao CAN é uma boa situação. “Quero dizer que este é o terceiro mês seguido que é difícil, foi uma luta difícil até aqui.

Amanhã (hoje) temos um jogo importante, como foram todos os outros, e este mais porque é o próximo”, começou por dizer.

Para Guima, os Mambas estão confiantes e preparados, “que é o mais importante”.

“Esperemos dar alegria ao povo e, também seria um bom presente, não só para mim, mas para todos, a vitória e conseguirmos, então, finalizar já o apuramento antes do último jogo ao Guiné”, disse Guima, que ontem completou mais um aniversário natalício e espera por uma vitória que sirva de presente para si.

Ausente do último jogo dos Mambas por lesão, Guima diz estar 100% recuperado e pronto para ajudar a selecção a conquistar a vitória, até porque, para ele, “vai ser um jogo como os outros, a dar o melhor de nós, com o grupo excelente que temos, com a equipa unida que temos e espero dar a alegria que tantos querem e qualificarmo-nos novamente no segundo ano consecutivo num CAN”.

 

Semana atípica antes do jogo dos Mambas

Para o seleccionador nacional, Chiquinho Conde, esta foi uma semana atípica, não só pela situação do país, mas também pela chegada tardia dos jogadores para a preparação do jogo.

“Tivemos o último treino e praticamente não deu para desenhar muito bem, sistematizando aquilo que é a nossa ideia. Mas esse grupo já vem trabalhando há uns anos essa parte, motivo pelo qual eu tenho sempre, eu e a minha equipa técnica, a preocupação de não alterar muito aquilo que é a nossa matriz, o nosso grupo de trabalho que já está formatado, que já está dentro daquela que é a nossa ideia de jogo”, disse confiante Chiquinho Conde.

Sobre o Mali, o seleccionador nacional assume que é um adversário forte, candidata ao primeiro lugar do grupo, até porque foi cabeça-de-série. Por isso “não é uma equipa fácil, não são favas contadas, mas de qualquer forma, nós sabemos perfeitamente que, se nós conseguimos fazer aquela primeira parte no Mali, jogar pé para pé, termos a paciência de circular a bola, sermos muito mais pressionantes, muito mais audazes, é possível termos um bom resultado”.

Para tal, segundo Conde, é preciso não facilitar, até porque a equipa do Mali irá estar por cima, mas não constantemente por cima, porque não há uma equipa que joga 90 minutos a pressionar.

Falou do comprometimento dos jogadores para com a selecção e referiu pese embora as individualidades que o grupo tem, “o grupo torna-se sempre mais forte e nós estamos focados pelos objectivos que pretendemos e o nosso principal objectivo é estarmos presentes sempre nas grandes competições”.

Até porque, de acordo com Conde, “os jogadores têm esse sonho, como eu como treinador. Felizmente, eles têm me dado a possibilidade de eu estar na ribalta do futebol africano graças à performance que eles têm tido. E isso é motivo de orgulho para todos nós”.

Conde lamentou a ausência de alguns jogadores, casos de Witi, por lesão, mas assegura que o mais importante é contar com os que estão presentes.

Pediu o apoio do público no Estádio Nacional do Zimpeto, um público que para Chiquinho Conde tem sido uma grande força motriz. “Porque jogando em casa, com o apoio do nosso público, obviamente estaremos sempre mais perto de poder conquistar tudo aquilo que nós almejamos”.

O ex-presidente do Ankaragücü, clube da primeira divisão turca Faruk Koca, foi condenado a três anos e sete meses de prisão, por agredir o árbitro  Halil Umut Meler, em Dezembro do ano passado, na recta final do jogo contra o Rizespor, que terminou num empate a uma bola, válido pelo Campeonato Turco. Consta que Faruk ameaçou o árbitro de morte .

O dirigente do clube também foi condenado a seis meses e 20 dias por “ameaça” e cinco meses por “falhar a cumprir às leis de prevenção à violência no esporte”, mas as sentenças foram suspensas. O dirigente já havia sido banido do futebol turco por toda vida, no ano passado. Faruk Koca deixou o cargo de presidente do Ankaragücü no dia seguinte aos acontecimentos que se tornaram virais .

O ex -presidente do Ankaragücü invadiu o campo  após o Rizespor marcar o golo que daria o  empate. Faruk Koca  ficou visivelmente  irritado pelo facto de não ter sido assinalado um pênalti no lance posterior e agrediu o árbitro com um soco . 

Halil Meler precisou ser hospitalizado tendo recebido uma chamada telefónica no hospital  do presidente da Turquia Recep Tayyip Erdoğan.

Em reação ao episódio, a Federação de Futebol da Turquia chegou a anunciar a suspensão de todos os jogos do Campeonato Turco.

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