O País – A verdade como notícia

Nestlé poderá instalar fábrica de lacticínios na Beira

O Presidente da República iniciou, este domingo, uma visita oficial à Confederação Suíça a convite do seu homólogo suíço, Alain Berset. A visita tem duração de quatro dias e vai compreender duas dimensões, a bilateral e multilateral. A bilateral vai consistir em encontros entre os Chefes de Estados dos dois países, a assinatura de acordos de cooperação, o fórum de negócios Moçambique-Suíça e a visita a empreendimentos económicos e sociais daquele país.

E na dimensão multilateral consistirá na visita e encontros com as direcções dos vários organismos internacionais filiados às Nações Unidos e ou sediados em Genebra. Prevê-se um encontro entre o Presidente da República e o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, nos escritórios daquela organização na Europa, a participação do Presidente na 37ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas onde irá proferir um discurso.

O Chefe de Estado será ainda agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pelo Instituto de Diplomacia e Relações Internacionais de Genebra pelos seus esforços pelo alcance da paz no país, com recurso à via diplomática e não militar.

À sua chegada a Genebra, Filipe Nyusi reuniu-se com a sua delegação e depois com parte dos 41 empresários que o acompanham. Aqui falou com eles sobre a necessidade de serem agressivos na identificação de parceiros que podem ajudar a aumentar o investimento no país bem como aumentar a produção e produtividade. O Chefe de Estado falou ainda do exemplo da indústria do turismo helvético que é das melhores do mundo. Mostrou admiração pelo facto dos suíços planificarem o turismo mais no inverno através da organização de grandes conferências e outro tipo de eventos porque no verão normalmente há sempre turistas.

Falou da necessidade de aproveitar a pujança do sector financeira e de seguros suíços para catapultar o sector financeiro moçambicanos e prepara-lo para financiar grandes projectos. Os outros sectores também devem ser do interesse do empresariado nacional. Na ocasião, mostrou total abertura do governo para atender à qualquer preocupação do sector privado.

Por seu turno, o ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, anunciou que a multinacional suíça Nestlé está a negociar a abertura de uma fábrica de lacticínios na Beira e que as negociações estão a quase 70%. O investimento só em maquinarias deverá ascender a 5 milhões de dólares podendo crescer se houver necessidade de construção de edifícios de raiz.

No entanto, Ragendra reconhece que a África do Sul pode ser uma ameaça uma vez que alberga a fábrica regional, no entanto, diz que o governo vai exibir as facilidades que se têm ao colocar uma fábrica na Beira que é o acesso rápido a Zimbabwe, Zâmbia e Malawi. Em princípio, o projecto deverá avançar e só está atrasado porque a multinacional trocou de direcção nos últimos meses.

Por outro lado, Ragendra pediu que os empresários que participam da Missão à Suíça sejam agressivos e combativos na identificação de negócios de modo a aumentar os produtos moçambicanos exportados para aquele país europeu. Citou o exemplo da castanha de caju e do camarão que são exportados para aquele país sob celo da Índia e Espanha quando são produtos nacionais e a exportação pode ser directa.

 

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos