Empresários de diferentes sectores membros da Confederação das Associações Económicas (CTA) juntaram-se, esta quinta-feira em Maputo, para assistirem a tomada de posse de novos dirigentes dos diversos pelouros daquela organização. Trata-se de Sofia Dias Cassimo que tomou posse como presidente do pelouro da mulher empresária e empreendedorismo, Adelino Buque, para o pelouro de Agronegócios e pescas, Egídio Leite, para o dos recursos minerais, hidrocarbonetos e energia, tendo José Mendes como vice e Florival Mucave como presidente da comissão de conteúdo local e ligações empresariais e que tem como vice Eder Pale.
Falando na ocasião, o presidente da CTA disse que pretendia-se com a criação destes pelouros e empossamentos dos seus dirigentes melhorar o diálogo entre o Governo e o sector privado “sendo estes órgãos do diálogo com o Governo sobre questões da agenda e outros aspectos que melhorem o ambiente de negócios no pais bem como no fortalecimento do nosso movimento associativo” referiu.
Agostinho Vuma disse ainda que os empossados deviam sempre consertar as suas agendas com os outros já em exercício na organização de modo a definir prioridades para o sector empresarial.
Foi uma cerimónia com diferentes momentos, e que começou com o INGC a apresentar os números dos estragos do mau tempo no norte do pais e a pedir ajuda aos empresários.
Casimiro de Abreu disse aos empresários que muito dinheiro era ainda necessário para repor as infra-estruturas destruídas pelo mau tempo e apelou aos empresários a serem mais solidários com aqueles que sofrem neste momento. De Abreu acrescentou que a sua organização precisava de pelo menos 567 milhões de meticais, mas que o governo só havia depositado no fundo de gestão de calamidades 189 milhões ao que se adicionou 160 milhões do fundo de contingência.
“Viemos apelar à solidariedade da classe empresarial, uma solidariedade de moçambicanos para moçambicanos” disse.
Bem antes de ser empossado como presidente da comissão do conteúdo local, Florival Mucave trouxe à debate o assunto sobre a participação do empresariado nacional nos negócios da indústria extrativa. É que, entende Macave, participação no negócio da industria extrativa “não é só fornecer frango as multinacionais. Queremos participar na cadeia do valor no seu todo “rematou. Para Mucave outra aposta capaz de garantir o conteúdo local nestes negócios, seria a formação de moçambicanos para exercerem trabalhos de relevo nos megaprojetos, e para criarem empresas à altura de trabalhar com as multinacionais ou transformar os produtos extraídos do solo pátrio. Durante os debates, alguns empresários defenderam que a lei do conteúdo local devia abranger também outros sectores como o da construção civil em que as empresas estrangeiras “fazem grandes obras e até são pagas pelo dinheiro dos nossos impostos’’, referiu um dos participantes.
Com esta posse completa-se a composição da máquina governativa de Agostinho Vuma na CTA, 8 meses depois de tomar posse como presidente da organização.