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Kloro faz revolução com ritmo e poesia no Museu Mafalala

O rapper Kloro vai apresentar ao público o seu mais recente trabalho discográfico, intitulado Revolução cultural. A sessão de apresentação e venda do CD está marcada para Museu Mafalala, na capital do país.

 

Em Novembro (12) comemora-se o Dia Mundial do Hip-Hop. Por isso, para Kloro, é uma boa coincidência lançar o seu álbum no próximo sábado, a partir das 10 horas, no Museu Mafalala, na cidade de Maputo. Até porque o Hip-Hop mudou a sua vida, a sua maneira de pensar, de agir perante a sociedade e de ver as coisas. “É uma honra, para mim, ser um fazedor de Hip-Hop”.

Na verdade, durante todo dia de sábado, Kloro estará num dos bairros históricos de Maputo a promover o seu segundo disco, Revolução cultural, totalmente produzido por Ellputo. Segundo adiantou o rapper, o seu novo trabalho é uma proposta de como podemos pensar a forma de estar na sociedade, para que possamos desenvolver a cultura. “E quando falo de cultura, não me refiro apenas à música, incluo comportamentos, economia… porque a cultura são os hábitos e é o que nós somos”. Assim sendo, “qual é a nossa proposta de pensamento para que possamos contribuir para o desenvolvimento humano? É essa questão base do álbum”.

Composto por 12 músicas, o álbum de Kloro foi pensado há um ano. Entretanto, ganhou estrutura e substância há seis meses. “Eu sou daquele tipo de pessoas que prefere fazer as coisas próximas da data do lançamento, porque o RAP é um estilo de música que deve estar sempre actualizado. Temos de falar das coisas que estão a acontecer agora e dar a nossa perspectiva. É verdade que há temas além disso, feitos há mais tempo”.

Para que a imaginação fluísse, Kloro preferiu focar-se nas ideias dos temas e no que chama musicalidade. A parte das instrumentais foi toda confiada ao talento de Ellputo, que o ajudou a garantir uma sonorização única. De acordo com Kloro, todas as músicas de Revolução cultural retratam o mesmo assunto, todavia de forma diversificada. “A mensagem de base é a mesma, sobre revolução, mudança e sobre que tipo de ser humano nós queremos construir em Moçambique nos próximos tempos”, afinal Hip-Hop é atitude, sempre com um toque de reivindicação, que deve chamar atenção e influenciar positivamente a sociedade.

Para Ellputo, igualmente há muitos anos no Hip-Hop e na música em geral, conceituado produtor por isso, trabalhar com o ex-integrante da Trio Fam e da Track Records foi uma experiência muito boa. “Além de Kloro ser um dos meus artistas favoritos, é família. A nossa comunicação é muito fácil. Em termos de visão, partilhamos a mesma. O que ele traz nas letras, eu trago nas instrumentais. E por ter tocado na banda dele, isso faz com eu saiba o que ele pretende transmitir às pessoas”.

Ellputo acredita que, se o público ouvir o álbum Revolução cultural, vai receber uma mensagem para toda a vida. “A mensagem que está neste álbum será relevante nos próximos 15 ou 20 anos e há quem só vai aperceber-se nessa altura. Se as pessoas darem-se tempo de entender o que está aqui ser dito, cada um de nós vai poder melhorar em 1% as nossas vidas. E se cada um de nós melhorar 1%, o país melhora e todos nós ganhamos”.

Em Revolução cultural Kloro conta com várias colaborações. Entre as quais Roberto Chitsondzo, Regina dos Santos, Walter Nascimento, Assa Matusse, Guto, Ubakka. As mil cópias do disco saem sob a chancela da IBS.

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