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Mais frango, menos clientes e preço mais baixo

A maior farma de produção de frango no norte do país viu-se obrigada a baixar o preço do frango congelado em 5% para permitir a saída do produto. Neste momento, tem um stock de 380 toneladas e os mais de 700 trabalhadores estão no activo.

 

A 15 km do centro da cidade de Nampula localiza-se a maior farma da zona norte do país, com capitais nacionais e estrangeiros, que tem a cadeia completa do frango: desde o ovo, incubação, produção de pintos, criação de frangos, abate, processamento e distribuição. No período normal são vendidas semanalmente 100 toneladas de frango congelado, mas com a crise imposta pelo coronavírus, agora só vendem entre 45 e 50 toneladas.

“A nossa carteira de clientes era composta maioritariamente pelas estâncias hoteleiras, restaurantes e take aways e infelizmente tiveram que parar as suas actividades para amenizar a propagação da COVID-19”, deu a saber Etelvino Zuber, contabilista da “Novos Horizontes”. 

A gestão da empresa viu-se obrigada a ajustar as vendas em tempos de crise, que passou necessariamente pela redução do preço do frango congelado para ganhar mais compradores. “Baixamos os nossos preços em cerca de 5%. Um quilo estava a 185, baixamos para 175 meticais. Baixamos também as caixas de pinto, cerca de 7%, de 36 meticais o pinto para 34 meticais”, precisou Zuber.

A economia está literalmente congelada. Nos aviários estão disponíveis neste momento 170 mil frangos vivos prontos para o abate e nos frigoríficos, 380 toneladas de frango congelado – é tanta quantidade que até falta espaço para conservar.

“Razão pela qual tivemos que alugar mais dez contentores na cidade para tentar guardar as 380 toneladas que nós temos actualmente”.

Ao todo são 753 trabalhadores que a farma emprega, sendo que actualmente aposta-se no regime de turnos para evitar maior aglomerado nos vários sectores de produção.

 

 

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