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Oposição diz que PESOE 2026 ignora os reais desafios do país

Arrancou, a pouco, o debate em torno da proposta de Plano Económico Social e Orçamento de Estado para 2026, apresentado ontem (3) pelo Governo. As bancadas na oposição descredibilizam o documento, afirmando que o PESOE 2026 não reflecte as necessidades reais da economia, muito menos trás estratégias para “melhoria da situação crítica social e económica dos Moçambicanos “. 

O MDM, por exemplo, representado pelo Deputado Francisco Eliseu de Sousa, defende que o instrumento é vazio e caminha em contra-mão com a realidade do País. Questiona ainda o facto de o instrumento não apresentar clareza sobre a reabilitação da EN1, sobretudo em relação à disponibilidade financeira, que por vários anos foi sendo anunciada pelo então Governo de Filipe Nyusi. “Onde está aquele valor?”. 

A Renamo, na voz do deputado Latifo Xarife, diz que não pode votar a favor da aprovação do instrumento, por vários motivos. “Esperava que o PESOE trouxesse de forma clara mecanismos de redução da pobreza, medidas para recuperação económica”. Entende ainda que a alocação de pouco mais de 20% das receitas para investimentos e pagamento do serviço da dívida significa” menos recursos para a construção de escolas, carteiras, lanche escolar e outras necessidades sociais”.

O Podemos, cuja intervenção coube a Luís Mussane, critica o facto de o PESOE 2026 estar em discrepância com o plasmado no Plano Quinquenal do Governo, no capítulo referente a 2026. Mussane diz que o facto de, no PQG, o executivo ter prometido construir mais escolas, hospitais e criar mais postos de emprego, não refletidos no PESOE, significa a falta de coerência do executivo.

A Frelimo, por seu turno, representada pela deputada Helena Elias, reconhece os desafios macroeconômicos impostos pela conjuntura externa, porém defende que, apesar disso, o executivo apresenta uma série de acções que poderão melhorar a situação dos Moçambicanos. Reitera a necessidade de o Parlamento “estar ao lado do povo e não descredibilizar os esforços do Governo na recuperação económica” e alimentar a sua defesa, com as previsões de construção de infraestruturas públicas, criação de postos de emprego, entre outros. 

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