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Corrupção: “Há falta de acção do Presidente Daniel Chapo”, diz Alberto da Cruz

O comentador da STV, Alberto da Cruz, diz que o Presidente da República já devia ter tomado medidas para combater a corrupção no país. Por seu turno, Hélder Jauana defende que a responsabilização de corruptos é algo muito fácil. 

Combate à corrupção dominou o debate do programa Pontos de Vista deste domingo na STV. O comentador Alberto da Cruz diz que acções do Presidente da República tardam a chegar para estancar o mal que afecta a todos.

“O Presidente Chapo estaa a devagar aqui. Há muito devagar sobre o combate  à corrupção, que é um problema que cria ineficiência e faz com que os  cofres do estado não estejam bons.  Não podemos dizer que ele está a menos de um ano, não, pois não se trata de problema de tempo mas de falta de acção.  Trata-se de uma questão política e não de justiça. O problema da corrupção é sistêmico e estruturante e para que possa mudar é necessário que haja uma revolução e o Presidente Chapo é um único capaz de resolver…se ele continuar assim, nas próximas eleições vai doer para todos”

Para Hélder Jauana, também comentador no programa, a educação cívica e    responsabilização dos corruptos devem estar na linha da frente.

“Não se combate a corrupção só com leis e tribunais, essa é a última linha. A primeira linha é a educação moral e cívica dos cidadãos…a responsabilização dos autores faz-se com facilidade.  A corrupção também combate-se com vergonha e a cultura de integridade muda o cenário”.

Outro tema analisado no programa foi o projecto “Famba”, criado em 2021 com o objectivo de modernizar o sistema de transporte urbano, o que não aconteceu. 

Da Cruz não tem dúvidas de que o “Famba” é uma iniciativa criada para uso indevido de dinheiro. 

“Esses tipos de negócios são criados para se comer e não para resolver um problema, porque quando se quer resolver primeiro se deve entender o problema. Sob ponto de vista técnico não é um projecto bem estudado”.

Para Jauana, não se justifica que um projecto seja interrompido sem qualquer esclarecimento plausível,depois de investido 1.4 mil milhões de meticais. 

“O projecto parou, há cidadãos com o seu dinheiro retirado nos cartões. Quando um projecto é apresentado, se não funciona é preciso que haja um responsável”.

Os comentadores entendem que a falta de responsabilização é uma das maiores razões de contínuos projectos inacabados.

Os comentadores falavam no programa Pontos de Vista deste domingo.

 

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