A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) está presente na FACIM e, no seu pavilhão, dá a conhecer as potencialidades da região Norte do país.
A província de Nampula, a mais populosa da região, destaca-se pela diversidade de produtos, sobretudo transformados, como frutas processadas e farinhas de tubérculos. Entre as novidades, figuram a banana passa com castanha, a banana passa com gergelim, os rolinhos de fruta e as farinhas de abóbora.
Já Cabo Delgado, com forte produção de milho e algodão, aposta na promoção da sua farinha fortificada de marca nacional e procura parcerias para aumentar a capacidade de exportação. A província de Niassa evidencia-se na produção de vários produtos agrícolas, com destaque para o feijão, que abastece grande parte do mercado nacional. Contudo, as autoridades locais reconhecem que as parcerias de exportação ainda estão aquém do desejado.
Os governos provinciais têm acompanhado de perto os seus representantes na FACIM e, no segundo dia do evento, reuniram-se com os principais financiadores, num encontro organizado pela ADIN. Para o governador da província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, “a província procura na FACIM por investidores económicos, mas também por entidades que possam dinamizar as acções de reconstrução das regiões devastadas pelo terrorismo”.
Por sua vez, o governador de Nampula disse, na ocasião, que a sua província se posiciona como um corredor de viabilização dos demais pontos. “Temos áreas férteis muito boas para o cultivo e grandes oportunidades na área do agro-negócio e agro-processamento”, referiu Eduardo Abdula, governador da província.
Elina Judite da Rosa, governadora da província de Niassa, também falou das potencialidades que a sua província apresenta, tendo feito convites aos investidores presentes no evento para investirem em Niassa. “A nossa província também precisa do vosso apoio, por isso não deixaria a oportunidade de convidá-los para investirem lá”, disse a governante no seu breve pronunciamento.
O presidente do Conselho Executivo da ADIN afirma que está na feira também para conseguir novos financiadores para o projecto de reconstrução de Cabo Delgado. Para Loureiro, o processo de reconstrução do Norte deve passar, não apenas pela componente material, mas também pelo fortalecimento humano e pela criação de esperança nas comunidades.
“É encorajador ver muitos pequenos empresários com novos horizontes e uma visão diferente dos seus negócios. Este é o papel da ADIN e do Governo: criar condições para que existam cada vez mais pequenas e médias empresas fortalecidas e mais empregos para a juventude”, destacou Jacinto Loureiro.
No local, ficou ainda patente a vontade dos financiadores internacionais em apoiar a reconstrução de Cabo Delgado e o desenvolvimento regional, com destaque para a ONU. A petrolífera Total anunciou que, em breve, assinará um memorando de entendimento com o Governo de Moçambique, reforçando o seu compromisso com as acções da ADIN.