O governo dos Países Baixos caiu esta terça-feira. O primeiro-ministro, Dick Schoof, demitiu-se depois de o líder do partido de extrema-direita, Geert Wilders, ter retirado o partido da coligação governamental.
Segundo o Notícias ao Minuto, os dois partidos desentenderam-se por causa da política de imigração.
O governo esteve em funções durante 11 meses. Era formado por uma coligação de quatro partidos.
O país deverá, agora, ir para eleições antecipadas.
Recentemente Wilders afirmou que o governo estava a demorar demasiado tempo a pôr em prática a “política de imigração mais rigorosa, jamais vista” nos Países Baixos.
Após a vitória eleitoral, que provocou reações em todo o continente europeu, as sondagens continuam a mostrar que o partido político de Wilders, o Partido da Liberdade (PVV), continua a ser o mais forte. No entanto, no fraturado sistema político do país, nenhum partido consegue obter uma maioria absoluta no Parlamento composto por 150 deputados. Assim, Wilders precisa de parceiros de coligação.
O quarto partido da atual aliança governamental, o Novo Contrato Social, que se afirma “anticorrupção”, caiu nas sondagens desde a saída do líder Pieter Omtzigt.
Os partidos de extrema-direita estão a crescer em toda a Europa. Em Maio, o partido de extrema-direita Chega ficou em segundo lugar nas eleições portuguesas. Na Alemanha, o AfD, partido de extrema-direita anti-imigração, duplicou o resultado nas eleições gerais de fevereiro para 20,8%.