O ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi, disse que o Governo ainda não havia garantido nenhum novo financiamento para o HIV depois que os EUA cortaram a ajuda. Motsoaledi negou ainda relatos de que seu programa de HIV tenha sido gravemente afectado, escreveu a Reuters.
A iniciativa global de combate ao HIV dos Estados Unidos, PEPFAR, pagava cerca de 17% do orçamento de HIV da África do Sul até que o presidente Donald Trump cortou a ajuda logo após assumir o cargo.
Segundo a Reuters, os testes de carga viral do HIV já havia caído significativamente na África do Sul desde o corte de financiamento, o que, era um sinal claro de que o sistema de saúde estava sob pressão.
Motsoaledi reconheceu que havia alguns problemas, mas disse que era inconcebível que o programa de HIV da África do Sul pudesse entrar em colapso e acusou a mídia de espalhar uma mensagem negativa.
Outrora o epicentro global da crise do HIV/AIDS, a África do Sul fez grandes progressos na redução de casos e mortes nos últimos 20 anos. No entanto, ainda tem a maior carga de HIV do mundo, com um em cada cinco adultos vivendo com o vírus.
O financiamento dos EUA pagou os salários de mais de 15 mil profissionais de saúde, cerca de 8 mil dos quais perderam seus empregos, disse Motsoaledi.
Activistas do HIV interromperam uma sessão parlamentar na Cidade do Cabo na quarta-feira em protesto, exigindo que o estado implementasse um plano de emergência.
Motsoaledi disse que o governo fez progressos com sua campanha “Fechar a Lacuna” neste ano, colocando 520 700 pacientes com HIV em tratamento antirretroviral, de uma meta de 1,1 milhão até o final de 2025, mas alguns ativistas questionaram os números.