Os preços de bens e serviços ficaram 2.01 por cento mais caros no país em Setembro último comparativamente a Setembro de 2018, mostram os cálculos feitos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes à Inflação Homóloga.
Isso quer dizer que, se com 5000 meticais era possível comprar um determinado conjunto de produtos e serviços diversos em Setembro do ano passado, o mesmo conjunto de produtos e serviços passou a custar cerca de 5100 meticais em Setembro do presente ano.
Do conjunto de produtos avaliados pelo INE, Saúde e Educação foram os que registaram as maiores subidas de preços, com aumentos de 4,48% e 4,38%, respectivamente. Por exemplo, o serviço para doentes não hospitalizados, em termos gerais, ficou 4.19% mais caro.
Na área da Educação, ficaram mais caros (8.55%) os preços de bens e serviços do ensino pré-escolar, primário do 1º grau, especial e de alfabetização, de acordo com a recolha de preços feita pelo INE em mercados e lojas das cidades de Maputo, Beira e Nampula.
Comparativamente a Setembro de 2018, os preços dos produtos básicos, nomeadamente, habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis registaram um aumento, diga-se, ligeiro de 1.76 por cento.
“Em termos homólogos, a Cidade de Nampula liderou a tendência de subida do nível geral de preços com 3,67%, seguida da Cidade da Beira com 3,64% e por último a Cidade de Maputo com 0,64%”, lê-se no último Índice de Preços no Consumidor publicado pelo INE.
Em relação a Agosto, os dados recolhidos em Setembro último, indicam que o país registou uma subida generalizada de preços na ordem de 0,10%, ou seja, em um mês, o custo de vida ficou mais caro nessa proporção, o mesmo que dizer que sofreu uma pequena variação.
“As divisões de Restaurantes, hotéis, cafés e similares e de Alimentação e bebidas não alcoólicas foram as de maior destaque, ao contribuírem respectivamente no total da inflação mensal com aproximadamente 0,08 e 0,03 pontos percentuais (pp) positivos”, indica o INE.
Da análise da variação mensal por produto, destacaram-se a subida de preços do peixe seco (2,6%), das refeições em restaurantes (0,6%), do amendoim (7,3%), do vinho (3,4%), do carapau (1,2%), da capulana (1,1%) e do feijão manteiga em grão seco (2,1%).
Em tendência contrária, isto é, registaram redução, os preços do tomate (6,8%), da gasolina (0,6%), da cebola (4,3%), do coco (4,1%), do gasóleo (1,1%), da cerveja (0,4%) e da alface (3,8%), ao contribuírem com cerca de 0,22 pontos percentuais negativos.
Em termos de cidades, Nampula teve a variação mensal de preços mais elevada (0,30%), seguida da Cidade de Maputo (0,11%), enquanto a Cidade da Beira registou uma redução do custo de vida de Agosto para Setembro de 0,25%.