O ministro dos Transportes e Comunicações diz que a Fly Modern Ark cumpriu com o seu mandato, que era devolver a sustentabilidade das Linhas Aéreas de Moçambique e torná-las mais competitivas no mercado. Mateus Magala pede paciência para que a companhia de bandeira volte a ser robusta.
Durante mais de um ano, a empresa sul-africana Fly Modern Ark esteve à frente das Linhas Aéreas de Moçambique, com a missão de revitalizar e tornar a companhia de bandeira mais competitiva no mercado.
Falando à imprensa, nesta sexta-feira, o ministro dos transportes e comunicações disse que a sul-africana cumpriu com sucesso a sua missão.
“A companhia estava insolvente. Significa que ia fechar as portas. E eles, em menos de um mês, mostraram que não, não estava insolvente. Só isso é muito. São milhões de dólares. Milhões de dólares, em um mês. Então, se nós não conseguimos apreciar isso como um passo positivo, penso que não seremos razoáveis.
E mais. Magala disse ainda que a Sul-africana introduziu novas rotas.
“Estamos aí em Portugal, mas não só ao nível nacional; Há mais frequência, etc. Na verdade, nós fizemos uma pequena análise na semana antepassada. E constatamos que todas as rotas nacionais, com exceção de uma, que penso que é Tete-Maputo, numa ida ou numa direção, é que ainda tem uma pequena deficiência em termos de lucro ou rendimento. As outras são rentáveis”.
Mateus Magala diz que é preciso mais tempo para que os resultados sejam mais visíveis.
“ Ora, um ano passou. Certamente, estamos dentro das nossas previsões de que o assunto é complexo e precisa de tratamentos diversos. A primeira fase foi realmente tentar estabilizar. Portanto, reduzir todas aquelas reclamações que havia. O avião atrasou, o avião não saiu, o avião voltou, o preço é incomportável. Penso que conseguimos atingir isso. Essa discussão já não existe. Mas agora é daí para lá. O que é que fazemos? Temos que aumentar a frota, temos que ter uma frota nova, temos que melhorar o nosso serviço, porque esse é o nosso objetivo. E isso, certamente, requer tempo, recursos e conhecimento”, disse.
Sobre a rota Maputo-Lisboa, que já registou cancelamento e reprogramação de voos, Magala diz que é preciso ter paciência.
“Mas, certamente, como qualquer negócio, quando começa, começa com algum investimento. Alguns chamam custo, mas se temos um horizonte em que nós confiamos que vamos poder recuperar esse custo, eu chamo isso de investimento. Então, nessa primeira fase, ainda não estamos na área positiva que nós queremos, mas penso que, dentro de um a três anos, vamos estar na rota de rentabilidade, nessa rota, por causa da reestruturação e modernização dos serviços que queremos oferecer na rota Maputo-Lisboa”, defendeu.
Mateus Magala falava à margem do lançamento do projecto Internet Para Todos.