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PR convida os quatro candidatos presidenciais para diálogo

Foto: O País

O Presidente da República convidou os quatro candidatos presidenciais para um diálogo e garantiu que há tempo para evitar que Moçambique se torne num país ingovernável. Filipe Nyusi repetiu que as manifestações têm um impacto negativo na economia, pois limitam as actividades das empresas, dos portos, dos transportes de carga e de passageiros, potenciam o aumento do desemprego, entre outros problemas que afectam o povo.

A destruição de infra-estruturas, queima de pneus, vandalização de infra-estruturas públicas e privadas, mortos e feridos são uma mancha negra que vem tomando o país desde que começaram os protestos no país. De acordo com o Presidente da República, todos os moçambicanos precisam de se unir para acabar com a situação que pode levar o país a uma anarquia.

“Estamos a tempo de promover o diálogo e prometo usar toda a minha energia para pacificar o país e, para termos sucesso, precisamos de todos os moçambicanos, precisamos de estar juntos”, disse.

Devido a essa necessidade, o Presidente da República lançou um convite para todos os quatro candidatos à presidência do país. “Precisamos dos candidatos. Precisamos e convido os candidatos a aceitarem encontro para o benefício dos moçambicanos”.

Para reforçar o convite, Nyusi, fez o balanço do impacto das manifestações, que já tiraram a vida de mais de 50 pessoas e feriram mais de 800 pessoas, entre civis e membros das Forças de Defesa e Segurança, e solidarizou-se.

“Lamentamos estas perdas dessas vidas humanas”.

Para evitar que mais vidas sejam perdidas, o Presidente apelou para uma actuação que evite o uso da força.

“Às Forças de Defesa e Segurança, apelamos para privilegiar a actuação de não à violência e apelamos que jovens, adolescentes e crianças não sejam usados nas manifestações.”

Outrossim, o Presidente reconhece que existem razões para descontentamento, sobretudo da parte dos jovens, mas é preciso respeitar a Constituição da República. Segundo Nyusi, as manifestações não devem interferir na vida normal dos moçambicanos, pelo que “apela à abstenção da promoção do ódio, da intolerância e da desordem social”.

“Ninguém pode impedir que as pessoas saiam à rua. Ninguém pode violar as leis municipais. Ninguém pode obrigar as confissões religiosas a adiarem os seus cultos. Ninguém deve impedir o outro de ir ao trabalho.”

Pois, enquanto houver impedimento do funcionamento normal das actividades de produção, o país estará a caminhar para um Estado ingovernável.

“A violência social contínua torna o Governo ingovernável, e onde não se governa quem sofre é o cidadão”, alertou.

A solução para a estabilidade da democracia é a tolerância. No entanto, é preciso que os moçambicanos tenham a consciência de que “a nossa democracia é jovem e está a aprender a caminhar. O nosso adversário político não deve ser nosso inimigo e não existem puros e impuros nem santos e demónios, não há profissões maiores que outras, não há pequeno nem grande”, repisou.

No momento, o Presidente faz um apelo para a não adesão às manifestações, porque afetaram “as nossas empresas, o transporte de carga e de passageiros, a actividade portuária, a cadeia de abastecimento de produtos de primeira necessidade. Há escassez de produtos alimentares. Com o mesmo salário, passaremos a comprar menos produtos”, finalizou.

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