Foi assinado, no início desta semana, um novo acordo de partilha das águas do rio Nilo. O acordo entra em vigor em meio a contestações do Egipto e do Sudão.
Conhecido como Acordo-Quadro de Cooperação, CFA, o tratado visa garantir a utilização equitativa e a gestão sustentável do maior rio do mundo.
Vários países localizados na direcção da nascente do rio, ou seja, à montante, argumentam, há muito tempo, que os Estados a jusante, neste caso Egito e Sudão que estão na foz, receberam injustamente maiores direitos sobre o rio Nilo por meio de acordos da era colonial.
Sete países, incluindo Etiópia, Ruanda, Sudão do Sul, Uganda, Tanzânia e República Democrática do Congo endossaram o Acordo-Quadro de Cooperação, que entrou em vigor no domingo.
Em uma declaração, a Nile Basin Iniciative, um grupo de estados ribeirinhos, disse que a CFA visa corrigir desequilíbrios históricos no acesso às águas do Nilo.
O Rio Nilo tem sido há muito tempo um ponto focal de tensão geopolítica no leste da África, particularmente entre o Egipto e a Etiópia.
O atrito aumentou quando Adis-Abeba construiu um grande projecto hidrelétrico no Nilo Azul, o que, segundo Cairo, prejudicaria sua segurança hídrica.