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Sala da paz aponta para ilícitos que caracterizaram o processo de votação 

A plataforma de observação eleitoral, Sala da Paz, fez o seu último balanço das Eleições Gerais, onde apontou vários ilícitos, como a proibição de jornalistas e observadores eleitorais de participarem da contagem de votos, além da presença da Força Armada durante o processo de contagem.  

Falando à imprensa, Teresa Xavier, representante da Sala de Paz, avançou que das mais de três mil mesas visitadas pelos observadores da plataforma, 210 registaram casos de impedimento de jornalistas, observadores e delegados de candidatura para  acompanhar o processo de contagem de votos. 

“Das causas invocadas pelos MMVs para excluir estes actores destacam-se: alegadas ordens superiores do presidente de mesa para excluirem esses actores na contagem, alegada restrição legal para o efeito, agitação provocada pela tentativa de captação de fotografias na fase de contagem, agitação provocada pela solicitação dos delegados de candidatura para que alguns presidentes recontassem os votos, depois de se ter verificado alguma discrepância”, disse. 

Para Teresa Xavier esta prática de exclusão dos jornalistas e observadores concorre para redução da transparência no processo eleitoral e podem contribuir para sustentar questionamentos sobre a credibilidade dos resultados.

Outro ponto que foi levantado pela Sala da Paz é a presença das Forças Armadas, durante o processo de contagem de votos. “A Sala da Paz constatou uma forte presença policial nas mesas que visitou na fase de contagem dos resultados. Das 3 402 mesas visitadas nesta fase, 1 323  tinham, pelo menos, um agente da PRM. Em 84 dessas mesas, tiveram a presença de mais de 10 agentes da PRM a acompanharem o processo de contagem, nas respectivas assembleias de voto”, acrescentou.

 

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