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Médicos suspendem todos os serviços não essenciais na Índia

A Associação Médica Indiana (IMA) iniciou, hoje, uma greve geral, que paralisou os serviços médicos não essenciais em todo o país. A greve é feita em protesto à violação e homicídio de uma médica, no leste da Índia.

A Associação de médicos do país declarou uma interrupção de 24 horas dos serviços para todos os médicos, de todos os sectores e locais. As urgências vão continuar a funcionar”, lê-se num comunicado da Associação divulgado ontem.

Segundo o portal Notícias ao Minuto, que cita a agência Lusa, está prevista a realização de vários protestos, em várias cidades do país.

No centro dos protestos está a violação e o assassinato, na semana passada, de uma médica residente em Calcutá, capital de Bengala Ocidental, onde trabalhava.

Os protestos foram desencadeados pela constatação de irregularidades no esclarecimento do caso de assassinato da médica, como o facto de a morte ter sido inicialmente dada como suicídio, bem como a suspeita de envolvimento de mais de uma pessoa no crime.

Na declaração de greve, a Associação dos Médicos da Índia pediu “uma investigação exaustiva e profissional do crime”, assim como o aumento dos protocolos de segurança nos hospitais para o nível dos existentes nos aeroportos, ao fim do horário de trabalho de 36 horas, que a vítima cumpria na altura em que foi assassinada, e a garantia de espaços seguros para os médicos descansarem.

Em 2022, a Índia registou, por dia, cerca de 86 casos de violação de mulheres, de acordo com um relatório das autoridades indianas.

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