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Oferta pública das acções da HCB chegou aos 4%

Alta procura das acções da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) colocadas a venda através da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), obrigou os accionistas desta empresa a subir a oferta inicial de 2.5% para 4%.

Mais de 16 mil moçambicanos subscreveram a compra de acções da HCB, entre 17 de Junho e 12 de Julho corrente. A oferta inicial fora de 2.5%, mas devido ao alto volume dos investidores interessados os accionistas desta empresa subiram a fasquia para 4%.

“É, certamente, uma etapa de muito maior responsabilidade, dado que os gestores e colaboradores da empresa deverão consolidar os seus processos de gestão e de prestação de contas para com todos os accionistas, incluindo esta nova comunidade de accionistas da HCB, tornando-lhes cada vez mais orgulhosos por se terem tornado accionistas da maior empresa moçambicana. Na história desta empresa passará a haver para sempre uma HCB antes e depois da oferta pública de acções”, disse Pedro Couto, Presidente do Conselho de Administração da empresa.

Com a conclusão desta operação, o PCA da HCB revelou os planos subsequentes para a conclusão do processo de colocação dos 7.5% das acções. Ou seja, os remanescentes 3.5% deverão ser vendidos em 2020.

Os potenciais investidores das participações da HCB estão divididos em quatro segmentos, nomeadamente, trabalhadores da empresa, pequenos investidores nacionais singulares e investidores nacionais colectivos.

Ainda no acto do anúncio dos resultados da primeira venda, esta quarta-feira, em Maputo, o Presidente do Conselho de Administração da Bolsa de Valores de Moçambique, Salim Valá, referiu que “a operação foi um sucesso. Os cidadãos nacionais mostraram que têm uma palavra a dizer no mercado de capitais do país. Na oferta inicial de 2,5% da HCB, foram responsáveis pela subscrição de 55% da procura de acções, e com o aumento da oferta para 4% do capital social, a sua influência representou 35% das acções efectivamente tomadas pelos investidores nacionais”.

Com esta operação, o universo da base de investidores da BVM teve um crescimento de 191%, ao passar de 7.995 investidores para um total de 23.257, correspondente a 15.362 novos investidores.

“Com o início da negociação em bolsa das acções objecto da oferta pública da HCB, estamos em crer que assistiremos a subida do nível de liquidez do mercado bolsista, no captar do interesse de novos investidores, no aumento do volume de negociação da bolsa, no despertar do interesse de novas empresas para o mercado de capitais e para a Bolsa de Valores de Moçambique”, perspectivou o PCA da BVM.

A capitalização bolsista da BVM situa-se nos cerca de 1.540 milhões de dólares, representando actualmente 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Com um total de oito empresas cotadas, já financiou à economia em mais de USD 1.800 milhões, possuindo já mais de 150 títulos emitidos.

Prevê-se que este mercado cresça nos próximo anos, com a capitalização bolsista a chegar nos 21% do PIB, segundo projecções do Plano Estratégico da BVM (2017-2021).

 

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