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EUA devem cooperar mais com Moçambique, diz Paulo Wache

Os Estados Unidos da América devem cooperar com Moçambique para a erradicação dos raptos e do terrorismo e não se limitar em apenar dizer que um fenómeno financia o outro. O posicionamento é de Paulo Wache, especialista em Política Internacional.

Os Estados Unidos da América divulgaram, na semana passada, a informação segundo a qual, os raptos, que ocorrem maioritariamente na Cidade de Maputo, podem estar a financiar o terrorismo em Cabo Delgado. Ora, Paulo Wache entende que isso ainda não é suficiente.

“A declaração é muito boa, mas, mais do que declaração, é indicação factual do que está a acontecer, para que seja eliminada a ameaça, a não ser que haja outro interesse, que é desestabilizar a partir da informação. Então, eu penso que, tanto o Governo americano como moçambicano, deverão fazer démarches, não só moçambicanos, mas sim outros Estados que são mencionados, que devem fazer démarches, de modo a que se identifiquem os focos de ameaça e, depois, provavelmente, eliminá-los.”

Num relatório recente, o Gabinete de Informação Financeira de Moçambique apontou que os mandantes dos crimes em Moçambique são cidadãos de origem asiática. Wache não vê clareza quanto à nacionalidade dos envolvidos nestes crimes.

“Ainda é uma informação que deliberadamente ainda não é para dizer quem é o actor. Desse  ponto de vista, fica muito amplo e difícil de avaliar. Eu penso que há, aqui, um trabalho que ainda está a ser feito pelo GIFIM, que poderá dar-nos dados mais concretos.”

Em entrevista ao jornal O País, Paulo Wache também falou da descoberta de uma base de treinamento militar em White River, província de Mpumalanga, na África do Sul. O especialista diz que o assunto deve preocupar Moçambique.

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