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Filipe Nyusi: “Desconhecimento do inimigo acresce os desafios no combate ao terrorismo”

O presidente da República, Filipe Nyusi, diz que o facto de não se conhecer o inimigo em Cabo Delgado tem dificultado o trabalho da defesa nacional. Nyusi falava durante a abertura do XXV Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional.

O Chefe de Estado reconheceu o apoio de vários países no combate ao terrorismo e o empenho das Forças de Defesa e Segurança. “Louvamos e saudamos o sector da defesa e segurança pelo seu engajamento no cumprimento das missões, combatendo sem tréguas e com bravura as acções que atentam contra a unidade nacional e integridade territorial”.

Nyusi disse ainda que o mundo tem passado por grandes desafios que se apresentam de forma dinâmica, o que tem, de alguma forma, dificultado o trabalho de segurança de um Estado.

Olhando especificamente para os ataques terroristas e o extremismo violento que tem assolado o país, o Presidente da República explica que “constituem uma evidência de que as ameaças actuais sobrepõem-se as fronteiras políticas do Estado, e não são perpetradas apenas por actores estatais”.

Para Filipe Nyusi, o facto de não se saber quem é o inimigo, e como se prepara, acresce os desafios do sector da defesa. “Quando tinha um conflito nosso, sabiamos para onde ir e como travar, mas, hoje, não se sabe quem são os nossos inimigos, o que querem e quem os financia. Portanto, as ameaças extravazam o aspecto do imaginável”.
Esta realidade, continuou, exige que o sector de defesa aprimore a sua capacidade de avaliação e análise, assim como os mecanismos de resposta e carácter e dinâmico, desses riscos e ameaças à segurança e integridade do país.

“Quando o inimigo se identifica, nós conhecemos a sua natureza. Quando se combateu o colonialismo era fácil montar cenários, porque conhecíamos a identidade do inimigo, mas, agora, é muito vulnerável a maneira como o inimigo se apresenta e trabalha com pessoas sem nenhuma ideologia, o que torna diferente a forma de combatê-lo”.

Nyusi apelou também para que as Forças de Defesa e Segurança trabalhem de forma igual mesmo com o fim do seu mandato.

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