Moradores do bairro do Macurungo, na cidade da Beira, estão a inviabilizar a construção de vala de drenagem e exigem que a edilidade discuta primeiro com eles a execução do projecto, que no seu entendimento, em vez de melhorar está a contribuir para inundar ainda mais uma parte do bairro.
A vala em construção, que liga o bairro de Macurungo ao resto da cidade incluindo o hospital local, começou como uma benfeitoria que deveria permitir o escoamento das águas, mas com o passar do tempo e com as chuvas, mostrou o contrário. Só é uma mais-valia para uma parte do bairro, e noutra, aumentou o sofrimento por inundações.
Para os moradores, a obra deve ser repensada com vista a beneficiar a “todos” e só daí poderá retomar.
“Estamos a pedir direitos iguais, todo nós somos pessoas, não é há quem tem maiores direitos, pedimos que venham reconstruir a pensar em todos nós, pois nós aceitamos a confiar numa boa gestão municipal”, disse Lina Gabriel.
O discurso é o mesmo por parte dos moradores de Macurungo, aliás, alguns arriscam-se dizer que não deve ser retomada por não estar a trazer benefício algum. “Estámos a passar mal e não precisámos desta vala. Se vierem novamente abrir nós vamos tapar novamente com pedras”, acrecsentou Luisa Manuel.
Alguns moradores reconhecem que apesar de não estar a trazer benefícios, a intenção do Município foi boa, mas o que falhou foi o plano de execução.
“Antes de abrirem esta cova deviam ter analisado para saber como é que seria. Agora que está assim, não sei como as ambulâncias passam, porque esta é única via de Macurungo pavimentada e única rua que está boa”, referiu Chandú Vicente.
Por sua vez, o município da Beira, através do seu vereador, Getúlio Manhique garantiu que vai sensibilizar os moradores para que entendam a importância da vala de drenagem, pois trata-se de um sistema que pretende potenciar o escoamento das águas das chuvas rápida e ordenadamente.