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STAE vai recorrer a meios aéreos para alocar material eleitoral em Cabo Delgado

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) vai recorrer ao transporte aéreo para alocar material de recenseamento eleitoral e delegados em alguns distritos de Cabo Delgado, devido à chuva e ataques terroristas.

O censo inicia daqui a dois dias, mas há pontos ainda sem material. A chuva cai de forma intensa em Cabo Delgado e tem estado a condicionar vias de acesso, num contexto em que ainda está a ser alocado o material para o recenseamento eleitoral. A estrada nacional número 380 é um exemplo. Trata-se de uma via que dá acesso aos distritos de Palma, Ibo e Quissanga. 

Aliado a isso, estão os ataques terroristas, factos que obrigam o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral a recorrer a formas alternativas para distribuir material de recenseamento, tal como relata o director provincial do STAE em Cabo Delgado Cassamo Camal.

“Temos o problema da estrada 380, que vai para os cinco distritos do norte, temos ilhas, tanto em Palma e Mocímboa, na zona de Quissanga e Ibo, vamos contar com os meios aéreos ao nível do STAE central  e a Comissão Nacional de Eleições para tratar deste assunto”, disse ao jornal O País Cassamo Camal.

Apesar dos constrangimentos, o STAE diz haver pontos onde poderá garantir a chegada do material com mais facilidade. “Nas zonas onde temos menos dificuldades de segurança, nós vamos ter pequenas viaturas para fazermos a colocação, tanto dos membros como do equipamento do processo de recenseamento eleitoral”, disse a fonte, ao mesmo tempo que assegura que a instituição tudo fará para que Cabo delgado nao entre atrasado no processo que inicia já na sexta-feira.

O recurso a vias aéreas poderá implicar mais custos para o STAE, que tem défice orçamental de acima de 13 mil milhões de meticais. 

Espera-se recensear 28.900 eleitores na província de Cabo Delgado.

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