O acordo para o financiamento da construção de 1600 furos de água foi fechado no dia 20 de Março pelo Executivo moçambicano e pelo banco indiano de exportações e, hoje, o Conselho de Ministros decidiu ractificar o entendimento.
O porta-voz do Conselho de Ministros na sessão de hoje, Augusto Fernando, explica que os 1600 furos de água são “equipados com bombas manuais e oito pequenos sistemas de abastecimento de água”. O também vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia detalha que o projecto tem a duração de três anos, a contar a partir de Setembro.
Entretanto, não será este projecto a sanar o défice de água nas províncias do centro e norte. Aliás, a zona sul é dos pontos críticos também no que ao fornecimento de água diz respeito, daí que o Executivo diz haver ainda muito trabalho por fazer.
“Claro que há um trabalho que tem que ser feito que é buscar outros financiamentos para outras províncias do sul, mesmo do centro e norte do país. Mesmo para estas províncias (Nampula, Zambézia, Manica e Sofala) não é bastante”, argumenta.
A sessão do Conselho de Ministros desta terça-feira aprovou também a revisão do decreto que cria o Fundo de Estradas, visando ajustar a organização, atribuições e competências do Fundo ao decreto 41/2018.
“Fundamentalmente a revisão deste decreto visa conformar o fundo de estradas com o decreto que foi aprovado no ano passado que aprova o regime jurídico de organização e funcionamento dos Institutos, Fundações e Fundos Públicos. Portanto, estamos a fazer um trabalho também em outros fundos e institutos, que vão ser ajustados”, disse.
A implementação do Plano de Acção para o combate ao trabalho infantil e a preparação da Conferência de Doares, que vai acontecer esta sexta-feira na Beira e que visa angariar fundos para a reconstrução pós-Idai são temas que também fizeram parte do Conselho de Ministros, na sua sessão desta terça-feira.