Os Chefes de Estado africanos vão pedir aos EUA para renovarem o programa de combate à propagação do HIV-SIDA, anunciou Jean Kaseya, o chefe do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, durante a cimeira da UA
Recentemente, o Congresso norte-americano decidiu não renovar o seu apoio ao Plano de Emergência contra a SIDA, um dos principais programas mundiais de luta contra a doença. Em causa estão as controvérsias internas sobre questões relacionadas ao aborto.
Durante a cimeira da União Africana, em Adis Abeba, os Chefes de Estado africanos mostraram-se preocupados com a intenção dos congressistas de retirar o apoio anual de 1,6 milhões de dólares para combater a SIDA em África.
Na sequência, o director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, Jean Kaseya, anunciou que os Chefes de estado africanos vão enviar uma mensagem clara exigindo a reautorização do Programa lançado em 2003.
Especialistas acreditam que o enorme progresso alcançado no continente, com muitas vidas salvas, graças ao programa de luta contra a SIDA, ficará em risco, se o programa for suspenso.
Até 2022 cerca de 20,8 milhões de pessoas, na África Oriental e Austral, viviam com HIV, segundo a agência das Nações Unidas, ONUSIDA, sendo que, até o momento, apenas 10% das necessidades de financiamento na luta contra a doença, até 2025, foram satisfeitas de acordo com os dados avançados pela ONU.