Confrontos entre tropas do presidente Bashar al Assad, da Síria, e grupos rebeldes Jihadistas deixaram 44 mortos nesta terça-feira (21) na província de Hama, no noroeste do país, vizinha à Idlib, província dominada pelos jihadistas do Hayat Tahrir al-Cham (HTS, aliado à Al-Qaeda)
Os enfrentamentos, que duraram mais de quatro horas, ocorreram durante uma ofensiva dos insurgentes para tentar recuperar áreas antes controladas por eles e que agora estão sob domínio do governo de Assad, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A ofensiva começou com um atentado suicida com carro-bomba em Kafr Nabuda, no norte de Hama, dominada pelo governo no início do mês. Do total de vítimas, 26 pertenciam às tropas leais a Assad e 18 faziam parte de grupos rebeldes de oposição ao governo.
Segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, a Força Aérea da Síria também lançou vários ataques contra áreas da província de Idlib, último reduto dos rebeldes no país.
Os ataques ocorreram apesar de a Rússia, principal aliado de Assad, ter anunciado no domingo que o governo da Síria iniciaria um cessar-fogo unilateral na região de Idlib.
Tropas do governo da Síria e aliados enfrentam os insurgentes que ainda controlam o norte e o noroeste da Síria desde 30 de Abril, data que marca o aumento dos bombardeios contra as regiões. Desde então, segundo o Observatório Sírio, 180 civis morreram.
Já a ONU afirma que 160 pessoas morreram na região e que mais de 180 mil deixaram as províncias do norte e do noroeste da Síria para fugir dos ataques realizados pelos governos de Rússia e Síria.
Idlib, onde vivem 3 milhões de civis, está sob o controle da Organização para a Libertação do Levante, liderada pela antiga Frente al Nusra, ex-filial da Al Qaeda na Síria. O grupo é considerado como terrorista por Síria e Rússia.