O artista plástico Amanhiça vai inaugurar, esta quarta-feira, às 18 horas, na Galeria da Fundação Fernando Leite Couto, a exposição de escultura “Estórias por contar, por contar, por contar…”.
Com nota de apresentação de Suleiman Cassamo, a mostra do artista enaltece, segundo o escritor, sobretudo as mulheres, como que numa homenagem pela maternidade.
Além das mulheres, o artista homenageia os pássaros, que lhe acompanham desde a infância. Observa Suleiman Cassamo: “Por ele vistos ou pensados. Apesar da densidade do metal, não falta aos pássaros a vontade de voar. Tanto nos pássaros como nas mulheres persiste o perpétuo desejo de evasão. Mas ao fim de algum tempo a olharmos fascinados as peças justamente inspirados por estas obras somos nós que levantamos um voo imaginário”.
Amanhiça nasceu a 6 de Maio de 1961, em Maputo. Em 1975, estabelece os primeiros contactos com o mundo das artes através de alguns artistas paisagistas. Em 1981, em Nampula, conhece Titos Mucavele, que lhe dá apoio material e moral, criando juntos um grupo de interesse em artes plásticas.
Em 1985, em Nampula, Amanhiça pinta, com o Elias Manjate, um mural alusivo ao 21º aniversário do início da Luta Armada de Libertação Nacional.
Em 1986, já em Maputo, participa em estágios artísticos no Núcleo de Arte. Dedica-se também à escultura metálica, tendo como recurso material os desperdícios oficinais da escola onde é professor.
Tem a sua obra em colecções individuais e públicas no país e no estrangeiro. Foi laureado com o 2º Prémio do Concurso Novos Talentos (Horizonte Arte Difusão), em 1990.
Amanhiça participou em mais de uma dezena de exposições colectivas e fez duas individuais em Maputo e na Alemanha.