Cerca de 139 hectares de culturas agrícolas diversas foram perdidos devido a inundações na Província de Maputo. Para avaliar até que ponto pode apoiar os afectados, o projecto Agro-Mozal fez o levantamento das perdas registadas pelos agricultores associados.
O projecto Agro-Mozal, da Empresa de fundição de alumínio Mozal, implementado pela Fundação SOICO (FUNDASO), visitou algumas associações de agricultores na Província de Maputo. A iniciativa visa fazer levantamento das perdas de equipamento causadas pelos desastres naturais.
Entretanto, os campos de produção que outrora estavam férteis, com as sementes a brotarem, foram invadidos pelas águas da chuva que caíram nas últimas semanas, deixando culturas submersas.
Como consequência, equipamentos, assim como culturas de milho, feijão, pepino, tomate, entre outras, pertencentes a agricultores de 12 associações dos distritos de Namaacha, Changalane e Boane, na Província de Maputo, foram perdidos.
“A associação 44 existe, mas não estamos em condições de trabalhar, pois a nossa máquina (bomba para irrigação) está avariada. As águas da chuva cobriram a cabana que protegia a máquina e nada andava bem”, disse Armando Macamo, presidente da Associação 44.
São muitos os agricultores que sofrem por conta das acções da chuva. A Associação 27 de Setembro, em Mahanhane, perdeu quase tudo, tal como explica o presidente.
“A chuva trouxe muita desgraça ao agricultor. Todas as culturas que a Agro-Mozal nos deu foram arrastadas pelas chuvas, e já estávamos na fase de colheita”, avançou Gomes Massuque, presidente da Associação 27 de Setembro.
Perdas e avarias são palavras que dominam quase todas as associações da província. “As chuvas tiveram um impacto muito negativo na nossa actividade agrícola. Na nossa estação de bombagem de Maguiza, as águas galgaram mais da metade da casa da bomba, toda a motobomba estava submersa. A segunda estação está nas mesmas circunstâncias”, revelou Daniel Silva, representante da Associação de Manguiza.
Diante das perdas, o projecto Agro-Mozal, iniciativa da Mozal implementada pela FUNDASO, foi ao local fazer o levantamento dos danos para ver como pode apoiar.
“Estamos a fazer, neste momento, trabalho de levantamento. Já tomamos nota de todas as associações. Em curto espaço de tempo, vamos poder apurar o que realmente significam esses danos, e tenho que sublinhar que isso acontece numa altura em que estamos preparados para arrancar com a presente campanha agrícola”, afirmou Patrício Manjate, gestor do projecto Agro-Mozal.
Segundo representantes das associações, os agricultores necessitam de apoios para se recomporem.
Dezassete pessoas morreram e outras três contraíram ferimentos graves na sequência de um acidente de viação que ocorreu na manhã deste sábado, no distrito de Nhamatanda, em Sofala, na região de Siluvo, envolvendo um minibus de transporte semicolectivo de passageiros e um camião.
O acidente ocorreu quando um dos pneus do “chapa” estourou. A viatura fazia o trajecto Inchope–cidade da Beira, e o motorista perdeu o controlo da mesma, que passou para a faixa contrária onde circulava um camião no sentido inverso. As viaturas colidiram violentamente.
“A cerca de 15 metros em relação à minha viatura, vi o minibus em zig-zag e a entrar para a minha faixa de rodagem. Fiz uma manobra arriscada na tentativa de evitar o embate, mas foi em vão. O embate e a manobra que eu estava a tentar fazer culminaram com o capotamento da minha viatura”, explicou Cardoso Vicente, motorista do camião.
O excesso de velocidade e as deficiências mecânicas por parte do semicolectivo são apontados como as principais causas do acidente. De acordo com as autoridades de saúde e policiais, das 19 pessoas que seguiam no minibus, 17 morreram no local do sinistro. Dois menores sobreviveram e estão em estado grave.
“Dada a gravidade, foram imediatamente transferidos para o Hospital Central da Beira. Temos que ter cuidado e certificar se o estado mecânico das nossas viaturas é bom para nos podermos fazer às rodovias. Temos que estar sempre atentos e ter uma condução prudente, estando sempre atentos aos vários sinais verticais e horizontais que estão nas estradas”, exortou Joaquim Sive, comandante provincial da PRM em Sofala.
Das 17 vítimas mortais, 12 foram transportadas na tarde deste sábado para a morgue do Hospital Central da Beira, onde aguardam que sejam reconhecidas pelos seus parentes. As outras vítimas permaneceram em Nhamatanda, onde foram reconhecidas pelos seus familiares.
Os Mambas foram goleados pelo Senegal por cinco bolas a uma, em jogo da terceira jornada do Grupo L de qualificação para o CAN. As duas selecções voltam a jogar na próxima terça-feira, no Estádio Nacional do Zimpeto.
Sem chama nem força. Os Mambas apresentaram-se apáticos e sem argumentos para contrariar o Senegal. Nove minutos foram suficientes para os “leões de teranga” fazerem estragos.
Cinco minutos depois mais um com a assinatura de Sadio Mané. Mambas impotentes. Brinde da defensiva moçambicana aos 31 minutos e os senegaleses souberam aproveitar. Era o terceiro. Mais o quarto. Sadio Mané e companhia foram ao intervalo em vantagem de 4-0.
Na segunda parte o rumo do jogo foi o mesmo. Ainda assim, Gildo Vilanculos conseguiu salvar a honra do convento com um golo. Aos 88 minutos o Senegal fechou as contas, fixando o resultado final em 5-1. As duas selecções voltam a jogar na próxima terça-feira, no Estádio Nacional do Zimpeto.
O presidente dos Estados Unidos garantiu que a China não deu, ainda, uma quantidade significativa de armas à Rússia para combater na Ucrânia.
“Tenho ouvido nos últimos três meses que a China fornecerá uma quantidade significativa de armas à Rússia”, disse Joe Biden numa conferência de imprensa, ao lado do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau. “Ainda não o fizeram, não significa que não o farão, mas ainda não o fizeram”, disse Biden, citado pela agência Reuters.
Os jogadores dos Mambas vão receber 70 mil meticais em caso de vitória e empate no jogo contra o Senegal, no jogo desta sexta-feira. A Federação Moçambicana de Futebol definiu esse valor em coordenação com os capitães da selecção.
A decisão foi tomada depois de uma conversa com os capitães da selecção nacional, que ficaram a saber que dos 60 mil pagos habitualmente haveria um incremento de mais 10.
O mesmo deverá ser pago no jogo da próxima terça-feira, no Estádio Nacional do Zimpeto, com o mesmo adversário e nas mesmas condições. O incremento serve, para a FMF, como forma de incentivar os jogadores rumo à qualificação.
A FMF decidiu também 600 dólares, o equivalente a 39 mil meticais, como valor das ajudas de custo, contra os 800 propostos pelos capitães do combinado nacional. Recorde-se que o assunto das premiações criou, recentemente, desentendimentos entre os jogadores e a federação no CHAN.
A Organização Mundial de Saúde confirmou a existência de dois surtos graves de Marburg, uma febre hemorrágica de grande letalidade, na Guiné Equatorial e na Tanzânia. Em ambos os países foram registados perto de 20 mortes e dezenas de infecções.
Os surtos do mesmo vírus em dois países cria, segundo a OMS, um contexto de maior facilidade de propagação da doença, tendo já lançado um alerta para uma mais alargada transmissão da infecção.
Na Guiné Equatorial, em comunicado divulgado esta quinta-feira, a OMS confirma que já estão registados oficialmente oito casos da infecção por Marburg, havendo sérias suspeitas em pelo menos mais duas dezenas de situações.
Entretanto, também esta semana, a organização das Nações Unidas que vigia a saúde global, anuncia a confirmação de um surto desta doença na Tanzânia, depois de as autoridades locais terem confirmado laboratorialmente que cinco das oito pessoas com mortes suspeitas estavam efectivamente contaminadas com este vírus.
O vírus de Marburg provoca uma febre hemorrágica grave, com forte índice de letalidade, é considerado pela OMS como sendo de extrema perigosidade e infecta primatas e humanos, sendo transmitido como o Ébola, sendo ambos da mesma família de vírus, de fluídos corporais, relações sexuais desprotegidas e contacto estreito entre indivíduos.
Mas, ao contrário do Ébola, não existem actualmente vacinas aprovadas para debelar esta doença, nem qualquer tratamento antiviral, aconselhando, no entanto, a OMS a um tratamento profissional nas fases iniciais da infecção, especialmente no que diz respeito à hidratação, aumenta de forma substantiva as probabilidades de sobrevivência.
O Centro Cultural Franco-Moçambicano, em parceira com o Alto-Comissariado do Canadá em Moçambique, apresentam a performance TheSheKings, de Thobile Makhoyane, nesta Sexta-feira, às 20h, na Sala Grande daquele centro cultural, em Maputo.
Segundo o Franco, TheSheKings é uma mostra de arte multidisciplinar apresentada através da música, dança, palavra falada, teatro e vídeo-arte, em comemoração às mulheres que trabalham nos sectores informais normalmente dominados por homens. Assim, em palco, Thobile far-se-á acompanhar por mulheres artistas de diferentes disciplinas, nomeadamente, Edna Jaime, Jazz P, Katarina Rombe, Lenna Bahule, Rita Couto e Tina Krüger.
A performance internacional apresenta uma oportunidade para fazer avançar o discurso sobre o importante papel que as mulheres desempenham no mercado informal, muitas vezes em papéis que não são remunerados ou são mal remunerados.
O evento que se insere no Mês da Mulher em Moçambique, uma iniciativa da Embaixada de França em Moçambique, o Governo de Moçambique e demais parceiros, como Alto Comissariado do Canadá, é caracterizada por uma diversidade de eventos culturais, desportivos e pedagógicos destinados a promover os direitos da Mulher visando promover a igualdade de género e uma sociedade mais justa.
Do reino de eSwatini, Thobile Makhoyane encontra suas influências de “hypno-rock”. Seus vocais imponentes flutuam sobre sons acústicos ao vivo, muitas vezes compostos por uma mistura de instrumentos tradicionais e ocidentais. Colaborou com vários artistas em diferentes disciplinas artísticas, incluindo teatro, vídeo-arte, instalação artística, dança contemporânea e poesia. Sempre teve paixão de trabalhar com mulheres nas artes, ela é co-fundadora da “Spirits Indigenous” e fez muitas outras colaborações com mulheres nas artes.
Edna Jaime é bailarina e coreógrafa moçambicana. Formou-se em dança tradicional e canto na Casa da Cultura de Maputo. Teve o seu primeiro contacto com a dança contemporânea em 2001, numa oficina dirigida pela coreógrafa Brasileira Lia Rodrigues, convidada pela CulturArte e, a partir daí, deu continuidade à sua formação num estágio de seis meses em Desenvolvimento Coreográfico. Criou a sua primeira obra “Niketche”, em 2005, um trio feminino apresentado na 6ª edição do Danse L’Afrique Danse. De entre várias participações dentro e fora do país, destaca o projecto de colaboração artística entre Moçambique, África do Sul e Madagáscar “Lady, Lady” juntamente com Désire Davids e Gaby Saranouffi. Com “O Bom Combate”, em 2016, venceu o 1º prémio do Concurso de Dança Contemporânea da Delegação da União Europeia em Moçambique.
Lenna Bahule é cantora, arte educadora e activista cultural, natural de Maputo. Está mergulhada em constante pesquisa e intercâmbio com as afro-culturas e movimentos sociais do seu país, do Brasil e de outras diásporas africanas. No Brasil, onde morou por sete anos, fundamentou sua pesquisa sobre a música vocal e diferentes caminhos para o uso da voz e do corpo como instrumento musical e de expressão artística. O histórico de sua carreira musical conta com encontros e colaborações locais de diferentes diásporas, como Cheny Wa Gune (MZ), Stewart Sukuma (MZ), Mário Laginha (PT), Mû Mbana (GNB), Manecas Costa (GNB), Paulo Flores (ANG), Virgínia Rodrigues (BR), Benjamim Taubkin (BR), Kastrup (BR), Mateus Aleluia (BR), Mia Couto, entre tantos outros.
Tina Krüger, de Katemin, Alemanha, é uma artista multidisciplinar, fotógrafa, documentarista e designer de comunicação com um mestrado em Antropologia Visual (Universidade de Leiden, Holanda). Desde 2008, vive e trabalha em Maputo, Moçambique. Expôs o seu trabalho em Moçambique e no estrangeiro, destacando-se a série de pintura “Corpos Incondicionados” na Feira de Arte Joburg 2020, e “Maternidade” uma exposição permanente de fotografia na Maternidade do Hospital Central de Maputo. Os seus filmes documentários e vídeo-arte ganharam vários prémios em festivais internacionais de cinema. Actualmente, o seu trabalho centra-se em questões do corpo, natureza, conhecimento incorporado, e auto-observação crítica social e auto-observação. Trabalha com fotografia, videoarte, poesia, pintura, e instalação, para além de experimentar sempre novas técnicas. É co-fundadora e directora criativa da Aguacheiro Design & Multimédia desde 2013.
Jazz P JAZZ P é uma letrista e vocalista nascida no reino de eSwatini. Está na indústria musical há quase 13 anos, e ainda em busca de uma carreira musical. Passou 10 anos da sua carreira no seu país de origem e os três restantes no seu actual país de residência – Moçambique. Jazz P toca Hip-Hop, soul com um jazz afro e blues, misturado com Ragga dub. Em eSwatini, é considerada a primeira dama do Hip-Hop.
Katarina Rombe nasceu a 24 de Outubro de 1984, na Cidade da Beira, e cresceu na Cidade de Maputo. É flautista, violinista e oceanógrafa de profissão, no Instituto Nacional do Mar e Fronteiras. Trabalhou como professora de Educação Musical na Escola Internacional Willow, de 2011 a 2012, na Matola. É membro fundador do grupo TP50. Participou em vários espectáculos de artistas nacionais e estrangeiros, tais como: Mingas, Carlos Gove, Livong, Maria João, Jaco Maria, Xixel Langa, entre outros. Actualmente, está a trabalhar no seu projecto FLAUTARINA.
Rita Couto é socióloga e também formada em Teatro pelo programa de intercâmbio da SP Escola de Teatro em São Paulo. A música e o teatro sempre foram paixões que a acompanham, sendo complementadas por formações em escolas de música, como a JB Jazz em Lisboa e companhias de teatro como o BANDO. Desenvolveu trabalhos e competências na área cultural e no domínio da produção e comunicação por via da arte em Moçambique, Portugal e Brasil. Essa experiência cobre desde o trabalho como socióloga em investigação e implementação de projectos de desenvolvimento comunitário até à dinamização de actividades teatrais, culturais e organização de eventos culturais na Fundação Fernando Leite Couto.
Há fragilidades na administração dos hospitais no país, que se faz notar pelo mau atendimento, chegada tardia de medicamentos ou mesmo medicamentos fora do prazo. A denúncia é da Associação Moçambicana dos Administradores Hospitalares.
O jornal O País entrevistou, esta quarta-feira, um homem cuja sua identidade não é revelada, morador de um dos bairros da Cidade de Maputo. O indivíduo denuncia mau atendimento e falta de medicamentos no Hospital Geral de Mavalane.
“Aqui, neste hospital (Geral de Mavalane), demoram a atender, os médicos que deviam atender-nos ficam a passear pelos corredores; ficamos muito tempo à espera na fila. Nem é sempre possível ter medicamentos aqui, muitas vezes compramos fora”, contou.
Esses problemas não são novos, são bem conhecidos pela sociedade moçambicana, o que pode parecer novo é que os próprios administradores de hospitais estão também a denunciar muitas fragilidades no funcionamento dos hospitais.
A presidente da Associação Moçambicana dos Administradores Hospitalares, Glédisse Dan Manjate, disse, na sua intervenção, que há muitos problemas nos hospitais públicos.
“A chegada tardia dos medicamentos, a qualidade dos próprios medicamentos, às vezes a qualidade dos equipamentos médicos cirúrgicos que nos chegam defeituosos… Há, também, situações em que temos hospitais com equipamentos de tecnologia de ponta, mas o problema é que não temos lá operadores desses aparelhos”, denunciou Glédisse Dan Manjate, presidente da Associação Moçambicana dos Administradores Hospitalares.
Desafios esses que foram também apontados e reforçados pelo director clínico do Hospital Central de Maputo, Assis da Costa: “Temos desafios na qualidade de medicamentos, precisamos de apostar na formação dos nossos profissionais, a terceirização de serviços e a remoção de lixo hospitalar”.
A sociedade civil, representada pelo Observatório Cidadão para a Saúde, exige que sejam melhoradas as condições de funcionamento dos hospitais, com alocação de mais recursos financeiros, tecnológicos e humanos.
“Se olharmos para as escolas, vemos que têm fundos, os hospitais centrais têm fundos para gerir, os hospitais distritais têm fundos, mas os centros de saúde e os postos de saúde não têm e o sector da saúde não reclama disso”, lamentou o Observatório Cidadão para a Saúde.
As denúncias foram feitas num encontro, organizado pela Associação Moçambicana dos Administradores Hospitalares, que pretende identificar os desafios e procurar soluções, com vista a melhorar o serviço prestado ao cidadão.
Flávio Augusto, empreendedor e bilionário brasileiro, defende, em Grande Entrevista, que um país que tem jovens empreendedores é um país que cresce, porque quem produz para a sociedade é o empreendedor. Na sua opinião, o Estado tem que ser um tutor dos negócios e deixar que a sociedade, de forma livre e facilitada, realize negócios. Por outro lado, o fundador da Wise Educação deu lições de venda e encorajou potenciais empreendedores a saírem do lugar-comum para terem resultados diferentes e de sucesso. “Se você faz o que todo o mundo faz, terá os mesmos resultados que os outros têm”, vaticina o também docente universitário.
Quando decide ser empresário? Quando iniciou essa carreira empreendedora, tinha noção de onde queria chegar?
Eu tinha intenção de ser e não tinha noção de onde chegaria. Isso é muito típico de cada empreendedor, porque nem sempre você tem a visão completa, mas tem alguma visão. E a visão que você tem é a que é suficiente para você caminhar. Vai subindo alguns degraus e, à medida que isso acontece, você vai ampliando a sua visão e, à medida que você amplia a sua visão, você tem a opção de continuar a avançar em direcção àquela visão ou, simplesmente, parar e desfrutar daquilo que já conquistou. Estou já há 28 anos avançando e desfrutando ao mesmo tempo.
Podemos dizer que Flávio Augusto tem um bom faro nos negócios, olhando para o seu percurso de vida, a história da Wise Up Online? É um homem essencialmente de negócios?
É o que a gente busca ter. A gente não acerta todos os dias, mas acerta a maioria até hoje. Temos prosseguido avançando e expandindo para novas oportunidades.
Qual é a formação para isso?
Penso que a formação para esse avanço é a formação da vida e não uma formação académica. Infelizmente, dentro da academia a gente não aprende essas habilidades. Eu, até dentro da academia, contribuo como professor de alguns MBA (mestrados em gestão de negócios) e pós-graduação dentro do Brasil, onde a gente procura dar essa visão mais prática. Mas eu penso que a formação no campo de batalha é a formação que é necessária para esse avanço.
Costuma-se dizer que a sorte é uma deusa altiva, que não perde tempo com quem não está preparado. A facilidade e a naturalidade com que faz negócios é fruto de uma análise profunda ou de uma pesquisa para tomar decisões, estando claro dos riscos que possam estar associados?
O risco é inerente a qualquer negócio. O risco faz parte. Mas existe uma relação directa entre o risco e o retorno. Ou seja, para você ter o maior retorno você vai ter o maior risco envolvido. Eu digo isso até do ponto de vista filosófico. A metáfora que eu gosto de dar é a do pássaro fora da gaiola. O pássaro, dentro da gaiola, não tem liberdade, mas, de certa forma, a gaiola protege-o de predadores. A gaiola, de certa maneira, oferece alguma protecção, mas aquilo lhe tira a liberdade. Mas, para você ter liberdade, tem que sair da gaiola. Ora, fora da gaiola você tem mais riscos.
Isso para dizer que Flávio Augusto sempre preferiu estar fora da gaiola?
Sempre fui um pássaro fora da gaiola. Nunca abri mão de estar fora da gaiola. Eu penso que o risco de estar fora da gaiola, na verdade, é muito menor do que a frustração que a gaiola traz pela perda da liberdade. Há uma outra coisa. Eu penso também que a protecção dentro da gaiola é um pouco ilusória. Até a suposta segurança oferecida dentro da gaiola é questionável e, se nós trouxermos isso para a vida, há carreiras, há modelos de vida, de emprego e de trabalho que oferecem uma suposta segurança. O empreendedorismo é a actividade para quem queira estar fora da gaiola. No final das contas, o que de facto representa maior risco? A frustração de você não ter realizado o seu sonho em troca de uma suposta segurança dentro da gaiola ou o próprio risco de você estar voando do lado de fora?
Todos os governos têm uma máquina, o aparelho do Estado, e precisam de ter gente lá para pôr essa máquina a funcionar. Como é que estes indivíduos podem empreender dentro da função pública?
É possível empreender sendo um empregado público, mas não espere retorno financeiro. Você pode empreender, pode contribuir para o turismo, por generosidade, por mero patriotismo ou por desejo de ter uma contribuição pública. Acredito que existam pessoas que tenham um desejo sincero de contribuir.
Na sua visão é estar na zona de conforto ou estar na gaiola?
Penso que para quem queira resultados maiores, na minha visão, é absolutamente legítimo você querer ganhar mais. Você quer enriquecer, ter mais retorno para oferecer uma vida melhor à sua família e até para ajudar outras pessoas. É preciso ser altruísta, porque eu não conheço, em nenhum lugar do mundo, alguém que enriqueceu honestamente sendo servidor público. Ser um servidor público, empreender e contribuir com o país mesmo não tendo retorno financeiro está tudo certo. Essa pessoa vai ser feliz. Para quem queira mais da vida, para quem queira enriquecer, o empreendedorismo é o caminho.
Voltando para a sua veia empreendedora, como é que identifica as oportunidades de negócio?
Não planeie ser empreendedor. Tudo começou na minha vida quando eu me apaixonei por uma menina de 15 anos e eu tinha 18 anos. E aí a gente vê o que é que uma mulher faz na vida de um homem, porque foi a primeira vez em que eu pensei que precisava de ganhar dinheiro. Comecei a vender, tive uma actividade natural para vender relógios. Foi a primeira vez em que eu vendi um relógio e ganhei dinheiro. Depois, comecei a trabalhar vendendo curso de inglês. Arrumei um emprego num curso de inglês. E aprender a vender deu-me um sentimento de que eu poderia ganhar o que eu quisesse. Eu poderia progredir financeiramente, então melhorei bastante vendendo. Fui gerente de vendas, fui director de vendas, trabalhei como alto executivo de uma empresa de inglês e gostei desse resultado.
Em termos concretos, foi a partir dos 18 anos que a palavra “venda” passou a estar no topo da lista da sua vida…
De facto, aos 18 anos eu conheci as vendas. Dos meus 19 aos 23, vendi profissionalmente. Só que a venda me trouxe uma visão maior e uma ambição maior e aí o empreendedorismo entrou como uma nova ferramenta que a venda me proporcionou. O empreendedorismo deu-me muita coisa, muitas oportunidades. Por isso, sou defensor do empreendedorismo. Penso, inclusive, que um país que tem jovens empreendedores é um país que cresce, porque quem produz para a sociedade é o empresário. O empresário é que gera emprego e não o político nem o Estado. O Estado tem que ser um tutor dos negócios. Ele pode ser um fomentador dos negócios, mas quanto mais livre é a sociedade para realizar negócios mais próspera ela se torna. Os indivíduos sentem-se mais empoderados para realizarem negócios a construir negócios. O mundo em que nós vivemos é o resultado do empreendedor.
E que habilidades ou competências são necessárias para se ser um bom empreendedor de sucesso?
O empreendedor é um inconformado. É alguém que quer transformar a realidade e, acima de tudo, transformar a sua própria realidade. O desejo individual de crescimento – o desejo do indivíduo – é a origem de tudo. Alguns chamam isso de egoísmo. Ora, não podemos confundir individualidade com individualismo. Segundo, ele tem de ter uma visão que passa por solucionar problemas. Eu venho de um país em desenvolvimento, o Brasil, cheio de problemas e quanto mais problemas um país tiver mais oportunidades tem. A solução de um problema tem um valor. Terceiro, é preciso ter coragem. O empreendedor precisa de coragem para investir. Se você tiver uma boa ideia, uma boa visão, mas se não tiver coragem, a sua ideia fica presa dentro da gaveta. Quarto, precisa de competência. Precisa saber de fazer, vender, operar e contratar.
E veio a Moçambique mesmo para partilhar esse conhecimento. São praticamente quase 30 anos como empreendedor e domina esta componente de venda. Ao subir ao palco do fórum Makagui partilhou com os moçambicanos esse conhecimento que tem nesta matéria e sentiu-se uma adrenalina muito positiva. Pessoalmente, como é que se sentiu nessa proximidade com os moçambicanos?
Eu amo compartilhar o que aprendi, porque isso transformou a minha vida. Faço isso há 12 anos na internet. Falo todos os meses com cerca de 20 milhões de pessoas na internet, compartilhando conhecimento. Gosto de fazer isso e, cada vez que subo ao palco para poder dar uma aula, seja “online” ou pessoalmente, tenho um prazer muito grande. Mas falando especificamente sobre Moçambique já há alguns anos eu tenho um público muito grande deste país, que me acompanha nas redes sociais, e a interacção sempre foi muito boa. Quando conheci Daniel David, há cerca de um ano, a nossa interacção sempre foi muito positiva, o que acabou redundando numa parceria de negócios muito importante. Vir pessoalmente a Moçambique foi muito importante para materializar essa minha percepção sobre este país, por sinal, muito jovem. Um país em que eu percebo muita fome, muita vontade de aprender e desenvolver-se. Fui recebido com muito carinho e foi bom cá estar pessoalmente e ver esse calor humano que Moçambique tem. Surpreendeu-me o facto de ver muita gente querendo fazer negócios e querendo construir empresas. Penso que existe um futuro muito promissor aqui neste país.
A sua imagem catapultou-se em Moçambique com a chegada da Wise Up Online. Essa parceria Makagui e Wise Educação tornou mais conhecido o Flávio Augusto em Moçambique. Vir a Moçambique foi parte da estratégia de marketing também deste produto?
Penso que quanto mais nos aproximamos do público final fortalecemos a relação e acaba-se tornando um ingrediente forte para catapultar ainda mais os nossos negócios neste país. Aprender inglês promove o desenvolvimento pessoal e amplia oportunidades pessoais. Não tenho nenhuma dúvida de que, assim como no Brasil, onde temos hoje centenas de milhares de alunos, aqui em Moçambique, onde também já temos alguns milhares de alunos, as pessoas vão melhorar muito de vida aprendendo a falar inglês.
Já definiu aqui o perfil de um bom vendedor. O que deve ser a essência da estratégia do marketing de um negócio, tomando como exemplo os seus negócios?
Todas as nossas estratégias de marketing buscam apresentar as características dos nossos produtos sempre com muita transparência. E tudo começa com o planeamento ao posicionamento que a gente tem em relação a cada produto. Sempre posicionamos cada produto desenvolvendo-o com muita qualidade, com uma comunicação muito clara e de um nível muito bom e com uma forma de pagamento muito acessível. Costumo dizer que nós temos um produto de classe A, que embalamos de maneira acessível para a classe B, mas cria uma maneira de pagamento facilitado para gente de classe C que possa ter acesso.
Flávio Augusto é um homem de mão na massa, é um homem de acção que, apesar de ser um bilionário, não pára. Está sempre a descobrir novos negócios e também está muito presente nos negócios que tem. Olhando para esta característica e para o facto de Flávio Augusto dizer que não trabalha pelo dinheiro, mas sim por ser um homem que busca a prosperidade. Pode descodificar esta mensagem de prosperidade?
Muitas pessoas me perguntam porque é que eu ainda trabalho tanto. Mas fazem-me essa pergunta sempre com o tom de surpresa, porque elas supõem que eu não preciso de trabalhar do ponto de vista financeiro. Ou seja, eu não dependo de um salário ou de ganhar algum dinheiro para viver, por supostamente eu já ter ganhado muito dinheiro. Elas estão certas. Já faz mais de 20 anos que não preciso mais de trabalhar do ponto de vista financeiro. Mas é um engano muito grande alguém supor que a única razão pela qual alguém trabalha é pagar as suas contas. Essa não é a única razão. A gente sabe que grande parte da humanidade depende de um salário para sobreviver. Não é o meu caso, pelo menos nos últimos 20 anos. Eu preciso de trabalhar porque preciso de ter significado. Eu preciso de me sentir útil, porque eu gosto de me sentir assim. É parte da minha missão de vida impactar pessoas. Eu preciso disso. Geralmente, pessoas que estranham isso, ou é porque desconhecem a outra forma de vida, o que é muito compreensível, ou porque não gostam de trabalhar.
Disse aos moçambicanos que gosta de abraçar projectos sociais, mas quando se trata de investir é para ganhar dinheiro?
Eu faço muitos projectos sociais e estou muito envolvido nisso. Quando eu faço negócios, tem que haver lucro. O lucro é belo e moral. É por causa do lucro que a gente gera emprego. É por causa do lucro que eu pago impostos e o Estado pode pagar as suas contas com os impostos que eu contribuo. É por causa do lucro que a sociedade se desenvolve.
Recordo-me de que iniciou a sua intervenção no fórum Makagui, na interacção com os moçambicanos, sublinhando o quanto é importante ter referências. Ao longo da sua carreira, quais foram as suas maiores referências?
A referência é mesmo muito importante. A primeira experiência de referência que eu tive foi quando estudei em escolas públicas no Brasil e quando a minha mãe deu todo o salário que tinha para eu me preparar para um concurso numa escola privada. Quando entrei na escola privada, percebi que o nível de ensino era muito elevado que as escolas públicas do Brasil e, com esta mudança, eu senti-me muito abaixo do nível dos outros alunos. Percebi que devia melhorar e ter contacto com outros alunos que tinham melhor nível educacional. Tinha que me dedicar mais, estudar mais. Levei três anos para poder competir de igual para igual com os outros alunos. Mas antes disso, na escola pública, eu era um dos melhores alunos, mas quando entrei na escola privada era um dos piores. Percebi que devia correr mais para evoluir. Estava prestes a ser contratado numa empresa em 1991. O treinamento foi feito por uma mulher. Ela tinha 26 anos e eu tinha dezanove. Achei incrível a forma como ela falava, a segurança que tinha, a influência que ela tinha sobre um grupo de 40 pessoas e eu percebi que estava muito atrás.
Esta necessidade de correr quando se tem referências acima das suas é que lhe faz concluir que “o melhor não é ser melhor mas estar entre os melhores”?
Certíssimo. O lugar onde você está conta muito. Quando você está num ambiente em que você é o melhor, muito provavelmente, está no lugar errado. A gente deve buscar sempre um ambiente em que existam pessoas melhores que nós e não há nenhum problema em fazer comparações. Todas as vezes em que a gente vê que está abaixo, há duas alternativas: a primeira, é não nos sentirmos vítimas da sociedade, pensar que não conseguimos. A segunda hipótese é observar que estou abaixo mas não se vitimizar, olhar para o nível dessas pessoas e correr até alcançar. Nasci numa família pobre. Gastava cinco horas por dia dentro de ónibus lotado de passageiros. Tive que correr muito para tirar essa diferença social. Contudo, as referências devem servir de estímulo para a nossa evolução.
Lembro que, no fórum Makagui, Flávio Augusto enfatizou muito a importância de não se viver na insegurança e buscar algo sempre maior que possa acrescentar valor à intelectualidade de cada indivíduo. Mas usou uma expressão que diz que: “a segurança é como uma armadilha para os nossos sonhos”. Isso diz muito da personalidade de Flávio Augusto. Quais foram os maiores desafios que teve como empreendedor e como é que foi superando, tendo como força motriz essa ideia de que “no mesmo ponto não posso ficar”?
O maior desafio de um jovem que está iniciando a sua vida é tomar o seu próprio caminho fora da linha de montagem da sociedade. De forma geral, existe um senso comum na sociedade. Sem dúvida alguma, a educação é muito fundamental na sociedade. No entanto, a gente segue um caminho, que passa pelo ensino fundamental, médio, universidade e depois disso, supostamente, vamos a um emprego e, no final da vida, você recebe uma aposentadoria. Na minha opinião, essa é a maior armadilha e o maior perigo. O grande desafio é você entender que esse não é o único caminho, ou seja, o único caminho para um jovem não é conseguir a vida numa empresa até se aposentar. Até pode ser um bom caminho, algo que realiza muita pessoas, mas não é o único caminho. Alguém pode seguir um caminho, ser bem-sucedido sendo atleta, artista plástico, ou seja, existem muitos outros caminhos. Hoje, a internet, por exemplo, é uma das áreas que mais forma milionários no mundo. Temos jovens com milhões de seguidores e ganhando milhões de dólares em várias plataformas. Ou seja, não existe apenas o caminho convencional e, para mim, um dos maiores desafios é um jovem ter a coragem de sair deste caminho convencional, quando certamente for criticado ou, em alguns casos, for chamado de louco. Sair de um lugar-comum é um desafio muito grande, principalmente no início de uma caminhada. Vamos voltar: quando tinha 23 anos, tive que interromper a faculdade de ciências da computação numa universidade federal do Brasil para vender o curso de inglês. Depois desta decisão, fui muito criticado. Pessoas achavam que tudo fosse uma loucura, até mesmo na família. Todas as vezes em que você sair do curso convencional, que a maioria das pessoas segue, você será tomado como louco. Indo pela lógica, se você faz o que todo o mundo faz, terá os mesmos resultados que os outros têm. No meu caso, os resultados que todos tinham naquela altura já não me agradavam. Queria algo melhor, algo grande e, por isso, se eu quero ter algo diferente, preciso de fazer algo diferente dos outros. Quando um jovem sai desta linha comum da sociedade e começa a ter sucesso, o primeiro reconhecimento vem de fora e nunca de dentro. As pessoas mais próximas são as últimas a reconhecer, mas isso não é por mal. Os nossos pais, os nossos parentes, querem o nosso bem. Então, qualquer movimento que pareça arriscado tomam uma atitude reactiva e protectora. No entanto, nós também temos das pessoas mais próximas aquelas que invejam. Quando as pessoas mais próximas percebem que você começa a evoluir, elas até gostam, mas não gostam que evolua mais que elas.
Voltando a esta questão de desafios. Tendo alcançado a prosperidade muito cedo, em que momento se sentiu desafiado e como é que lidou com a situação?
Depois dos desafios iniciais, tudo começa a dar certo e a gente começa a ter o reconhecimento de várias pessoas. Fiz o meu primeiro milhão com 23 anos de idade, e aí começa um segundo desafio de ter que administrar a riqueza que está produzindo e manter a sanidade mental. Há pessoas que, quando começam a ganhar muito dinheiro, enlouquecem. Já vimos casos de muitos jogadores de futebol que não estavam preparados para o recurso que chegou às suas mãos. Manter a humildade é muito fundamental quando começamos a ter sucesso e não transformar isso em algo negativo. Mas algumas pessoas têm medo do sucesso com alguma razão, pois o sucesso pode embriagar algumas pessoas. Eu completei 30 anos de casado no ano passado com a minha primeira namorada. Isso te protege para que mantenha a sua sanidade, independentemente da sua conta bancária.
Na plataforma de vendas da Wise Up, a formação e vendas é uma componente-chave. Flávio Augusto tem a disciplina de se manter presente nesta plataforma. Explique-nos melhor como é que funciona, qual é a estratégia de negócio assente nesta ferramenta de desenvolvimento de competências para a venda?
Formação de pessoas é fundamental e formação de vendedores, mais ainda! Todas as quartas-feiras eu dou uma aula ao vivo para todos os vendedores que estão no mundo inteiro conectados com ela. Nós temos vendedores em vários países do mundo. Nós estamos sempre em busca de novos talentos.
Os ganhos monetários são um bom incentivo para fazer parte da equipa?
Com certeza. Uma característica em vendas é que quem é bom tem que ganhar bem. Então, nós temos integrantes da nossa plataforma ganhando 40 mil dólares por mês, 30 mil ou mesmo 10.
Como especialista, tem habilidade de ser bom olheiro de pessoas com potencial de alta performance para a venda?
A metodologia para identificar talentos tem menos a ver com a minha capacidade de olhar, de observar e tem muito a ver com a minha capacidade de treinar e dar a oportunidade de a pessoa mostrar. É muito mais um processo de tentativa e erro do que escolha. Na verdade, todos têm potencial, cabe a cada um mostrar e quando mostrar temos que ter os mecanismos para reconhecer.
Quais são as grandes barreiras para a venda?
Primeiro é o preconceito. A sociedade treina as pessoas para ter um emprego para, no final do mês, ganhar um salário. Tudo na vida é uma rosa linda cheia de espinhos. A medicina é linda, mas tem espinhos também. Não tem como um médico fazer uma cirurgia e não sujar com sangue. Assim, tudo volta para o preconceito. As pessoas acham que vender é feio, não é glamouroso, mas, no final, toda a empresa que não vende quebra-se.
E vender, hoje, é sinónimo de usar a tecnologia para alcançar muitos mercados. Esta ferramenta quebra um aspecto essencial da venda, que é de proximidade de relacionamento. Que equilíbrio é que se pode criar entre a tecnologia e a necessidade de desenvolvimento de relacionamento interpessoal?
A tecnologia alcança mais pessoas e ela acaba sendo uma ferramenta para atrair novos clientes, mas, no final das contas, a presença de um vendedor vai ser sempre importante para garantir os resultados e a escalabilidade.
Também se pode dizer que a tecnologia, hoje, está intrinsecamente ligada à inovação e impulsiona esta mesma inovação?
Com certeza, é muito importante perceber que a tecnologia não está somente ligada à tecnologia de informação ou aquilo que está nos nossos aparelhos, nossos celulares. Existem muitos tipos de tecnologia. Por exemplo, uma técnica de venda, uma forma de converter mais interessados em cliente é uma tecnologia. O somatório da tecnologia humana e das redes sociais, por exemplo, é muito poderoso para vender. Usamos todo e qualquer tipo de tecnologia na Wise Up Online para vender mais!
Gostaria de falar de forma muito breve sobre as suas obras, começando por “Ponto de inflexão”. Nesta obra, Flávio Augusto traz a ideia de que a vida é feita de escolhas e cada decisão que tomamos pode levar-nos a um ponto de inflexão, num momento crucial em que o rumo da nossa vida pode mudar de forma significativa. Qual foi o seu ponto de inflexão?
Este livro conta dez momentos de inflexão da minha vida que tive que tomar decisões que mudaram o rumo da minha vida. A gente toma decisões todos os dias, mas às vezes existem decisões que são definitivas e é importante perceber quais são essas decisões.
Flávio Augusto também destaca a importância de se encontrar a nossa paixão e propósito de vida, de construir a mentalidade empreendedora, mesmo que não sejamos necessariamente empreendedores no sentido tradicional. Como é que isto acontece?
Eu acredito muito na liberdade de escolha, até mesmo na questão de definição de propósitos, eu acredito que nós escolhemos os nossos propósitos. Eu, por exemplo, tenho duas coisas que escolhi para a minha vida: aproveitar a vida com as pessoas que eu amo e impactar as pessoas.
Tem um livro com este foco de identificar o propósito ou vivendo com propósito. Na verdade, a questão que muitos jovens se colocam quando ouvem essa expressão é “como fazer”?
Nós nascemos com algumas pistas no nosso interior. São vocações, dons, coisas que fazem a gente chorar, mas que são pistas de não fazer por si só escolhas que somente nós podemos fazer. Em poucas palavras, é a escolha que conta para o nosso sucesso.
A selecção nacional de futebol defronta, amanhã, às 21h00 de Maputo, o Senegal em desafio da 3ª jornada do grupo L de qualificação para o CAN Costa do Marfim 2024. À entrada desta ronda, os Mambas ocupam a 2ª posição com quatro pontos, num grupo liderado pelos “Leões de Teranga”, com seis.
Contrariar as estatísticas que dão vantagem aos campeões africanos – venceram cinco dos sete jogos com os Mambas e empataram dois – e aguentar a enorme carga de pressão no “infernal” que se advinha no Estádio Abdoulaye Wade são elementos essenciais para os Mambas saírem de Dakar, Senegal, com um resultado positivo.
Aliás, os dados apontam para mais de 50 mil espectadores que estarão a apoiar a equipa da casa.
É preciso que, hoje, o combinado nacional seja uma equipa coesa, com ideias claras e precisas, optimizando as suas saídas para o ataque e abrindo espaços num conjunto que vai, seguramente, instalar-se no último reduto do seu adversário.
A jogar em casa, o Senegal vai entrar a pressionar para, desde logo, resolver o jogo. Aos Mambas recomenda-se que sejam solidários e seguros a defender. Ademais, a selecção nacional deverá anular as unidades mais influentes do Senegal, sobretudo o avançado e capitão Sadio Mané.
Com o Senegal, prevê-se, a assumir as despesas e rédeas de jogo, os Mambas podem em contra golpe surpreender os donos da casa. Os homens de ataque a serem escalados pelo seleccionador nacional devem ser mais lestos, movimentando-se com rapidez e abrindo espaços para gizar à baliza contrária. Os Mambas partem para este desafio com duas baixas de vulto, nomeadamente Reinildo Mandava, jogador que se lesionou no embate entre o Atlético Madrid.
ARBITRAGEM DA LÍBIA
O jogo entre as selecções nacionais de Senegal e de Moçambique será por um quarteto de arbitragem da Líbia, que será chefiado por Mutaz Ibrahim (árbitro principal) tendo como auxiliares Attia Amsaad e Wahed Al Jahawe. Abdulrazg Ahmed foi indicado como quarto árbitro.
Já o segundo embate, na terça-feira, 28 de Março, terá como arbitragem um quarteto do Marrocos constituído por Jalal Jayed (árbitro principal) que será auxiliado por Yahya Nouali e Abdessamad Abertoune. Por sua vez, Adil Zourak foi nomeado pela Confederação Africana de Futebol como quarto árbitro.
O PALCO DO JOGO
O duelo Senegal vs Moçambique realiza-se no Estádio Olímpico de Diamniadio, formalmente conhecido como Estádio Abdoulaye Wade. Trata-se de um estádio multiúso localizado em Diamniadio, distrito de Dakar, capital do Senegal. Inaugurado oficialmente a 22 de Fevereiro de 2022, o recinto desportivo é utilizado principalmente para competições de futebol, rugby e atletismo e conta com capacidade máxima para 50 000 espectadores. O estádio foi construído para acolher as cerimónias de abertura e de encerramento, bem como as competições de futebol, rugby e atletismo dos Jogos Olímpicos de Verão da Juventude de 2026.
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