Sob o lema “Liberdade”, cerca de 350 mil pessoas marcharam na tarde deste sábado, pelas ruas de Barcelona pedindo a libertação de independentistas condenados a penas de prisão.
A marcha desta vez sem incidentes, foi uma demonstração de rejeição da Sentença do Supremo Tribunal Espanhol contra vários líderes independentistas.
A manifestação, convocada pela Assembleia Nacional Catalã (ANC), Òmnium Cultural e um grande grupo de entidades da sociedade civil e culturais, encheu a avenida da Marina de Barcelona, de acordo com a agência Efe. Os manifestantes concentraram-se ainda em frente à sede da Polícia Nacional, na Avenida Laietana de Barcelona.
Todas as forças independentistas (JxCat, PDeCAT, ERC, CUP e Demócrates) aderiram à manifestação, que contou com a presença do presidente do governo catalão, Quim Torra, assim como do presidente do parlamento local, Roger Torrent. O vice-presidente do executivo catalão, Pere Aragonès, e os conselheiros Josep Bargalló (Educação), Àngels Chacón (Economia) ou Damià Calvet (Território) também participaram.
A marcha aconteceu depois do Supremo Tribunal ter tornado pública, a 14 de outubro, a sentença, atribuindo penas de prisão, entre os nove e os 13 anos, a Oriol Junqueras, Raul Romeva, Joaquim Forn, Jordi Turull, Josep Rull, Dolors Bassa, Carme Forcadell, Jordi Sànchez e Jordi Cuixart.
O Supremo Tribunal condenou os principais dirigentes políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha a penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão.
A sentença motivou protestos independentistas, que começaram no próprio dia do anúncio do Supremo Tribunal e se repetiram ao longo de vários dias em Barcelona e em outras cidades da região autónoma.
Os protestos na Catalunha foram marcados por cerca de 200 detenções e centenas de agentes das forças de segurança feridos.