Os Estados Unidos vetaram uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condenava o reconhecimento de Jerusalém como a capital do estado de Israel, escreve o Euronews.
O voto acontece duas semanas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter tomado a decisão. Os EUA foram o único país do Conselho de Segurança, com 15 membros, a votar contra.
A resolução foi introduzida pelo Egipto, que ocupa uma posição não permanente no organismo, e evitava referências directas aos EUA, dizendo apenas que os estados membros "lamentam profundamente decisões recentes relativas ao estatuto de Jerusalém."
A resolução dizia ainda que "o estatuto final" de Jerusalém "é um assunto que deve ser resolvido através de negociações", repetindo aquilo que tem sido a política oficial da ONU nas últimas décadas.
Depois de um briefing do Coordenador Especial para o Processo de Paz no Médio Oriente, Nickolay Mladenov, a embaixadora dos EUA junto da ONU, Nikki Haley, anunciou que o país iria vetar a resolução.
Estados Unidos consideram resolução "um insulto"
"Não vou desperdiçar o tempo deste Conselho discutindo onde é que uma nação soberana deseja colocar a sua embaixada e porque temos todo o direito de o fazer", disse a representante.
Haley disse também que a actual administração teria vetado a resolução 2334, passada em Dezembro do ano passado, quando Barack Obama ainda era presidente, com aprovação dos EUA, e que condena a construção de colonatos por parte de Israel.
A embaixadora classificou essa resolução como um "insulto", disse que era um "impedimento" para o processo de paz no Médio Oriente e que dava "um livre passe" aos palestinianos.