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A cidade de Inhambane, conhecida pela tranquilidade das suas praias e pelo calor humano da sua gente, esconde, por detrás de paisagens idílicas, um drama que afeta milhares de famílias: a diabetes. Uma doença silenciosa que não apenas altera vidas, mas também transforma o quotidiano de comunidades inteiras. Entre os rostos que dão vida a esta estatística está Eduardo Lichucha, um homem que, aos 44 anos, carrega na voz uma história de luta, dor e resiliência, que começou há cinco anos, quando ouviu pela primeira vez o diagnóstico que mudou para sempre a sua forma de viver.

Era um dia comum em 2020, e Eduardo, então com 39 anos, estava a gerir um pequeno bar em Inhambane. A sua vida parecia normal, mas os sinais já se faziam sentir: sede excessiva, fome constante e pernas inchadas. Contudo, como ele próprio confessa, a negligência falou mais alto. “Eu achava que era normal. Talvez por causa de uma bebedeira da noite anterior ou por estar a trabalhar muito.” Mas foi numa conversa inusitada com um cliente habitual, um médico atento aos detalhes, que Eduardo começou a entender que algo estava errado.

“Aquele cliente olhava para mim sempre que vinha ao bar. Um dia, chamou-me de lado e disse que precisávamos de conversar. Não ali, mas no hospital. Senti um frio na barriga, mas decidi ir.” Na segunda-feira, Eduardo dirigiu-se ao Hospital Provincial de Inhambane. Ao ser examinado, o diagnóstico foi devastador: estava numa fase crítica de diabetes, com uma glicemia de 27 mmol/L. O choque foi tão grande que ele mal conseguia processar as palavras do médico. “Foi como se o chão tivesse desaparecido debaixo dos meus pés.”

Os meses seguintes foram um turbilhão. Eduardo, que pesava 98 quilos na altura do diagnóstico, viu o seu corpo definhar. Em menos de três meses, perdeu quase metade do peso, chegando aos 53 quilos. “Todos olhavam para mim com espanto. As pessoas perguntavam o que se passava, mas eu não tinha forças para explicar. Sentia-me um fardo para a minha família.”

A rotina de internações tornou-se constante. Em 2021, Eduardo esteve internado 11 vezes no Hospital Provincial, lutando contra complicações que pareciam não ter fim. “Os diabéticos não podem ter feridas, mas eu tinha abscessos seguidos. Mal uma ferida fechava, outra abria. Era como um ciclo interminável. Bastava uma pequena infeção para a glicemia disparar.”

Determinado a mudar a sua realidade, Eduardo virou-se para a internet. “Comecei a pesquisar sobre diabetes, alimentação e cuidados. Foi aí que percebi que a ignorância era a minha maior inimiga.” Contudo, as mudanças não foram imediatas. Ele enfrentou erros e acertos no percurso. Uma das situações mais marcantes aconteceu quando descobriu que os alimentos integrais, que consumia religiosamente, estavam a piorar o seu estado. “Foi uma senhora que encontrei na fila do ATM que me abriu os olhos. Disse-me para pesquisar melhor sobre a alimentação para diabéticos. Quando experimentei parar com os integrais, a minha glicemia estabilizou.”

A adaptação não foi fácil, especialmente para a família. Eduardo recorda com emoção o apoio incondicional que recebeu. “Os meus filhos e a minha esposa sacrificaram os seus próprios hábitos para me apoiar. Em casa, as refeições mudaram. Foi difícil, mas necessário. Hoje, não comemos nada sem saladas e evitamos óleo comum. Foram mudanças bruscas, mas salvaram-me a vida.”

Hoje, cinco anos depois, Eduardo olha para trás com uma mistura de arrependimento e gratidão. Ele reconhece que ignorar os sinais foi um erro, mas também valoriza as lições aprendidas. “A diabetes ensinou-me a valorizar a vida e a saúde. Não espero mais até que algo piore para procurar ajuda. Aprendi que a prevenção é o melhor remédio.”

A sua história é um reflexo do desafio enfrentado por milhares de moçambicanos que vivem com diabetes. Em Inhambane, onde o apoio médico e a informação ainda são escassos, casos como o de Eduardo são uma janela para a urgência de ações concretas. A luta contra esta doença silenciosa vai além do indivíduo, exigindo o envolvimento de toda a sociedade.

Enquanto a paisagem de Inhambane continua a encantar turistas e moradores, histórias como a de Eduardo são um lembrete de que há batalhas sendo travadas longe dos olhares. A diabetes não é apenas uma condição médica; é um desafio social que demanda atenção e cuidado. Para Eduardo, a sua luta diária é um testemunho de que, mesmo diante das adversidades, é possível encontrar esperança e superação. “Hoje, sou uma pessoa diferente. Valorizo cada dia e agradeço por estar aqui para contar a minha história.”

 

Maria Helena: Uma luta de amor, perda e resiliência Contra a diabetes

Na pacata província de Inhambane, entre paisagens de coqueiros e o murmúrio constante do mar, a história de Maria Helena emerge como um retrato vivo das lutas que milhares de moçambicanos enfrentam diariamente contra um inimigo silencioso: a diabetes. Em 2023, Maria Helena perdeu o marido, vítima de complicações da doença, após nove anos de uma batalha intensa e extenuante que envolveu toda a família.

Maria Helena, uma mulher de voz doce e firme, relembra com olhos marejados os momentos que marcaram essa jornada. “Foi difícil para nós encararmos essa doença, porque tivemos que mudar completamente a nossa maneira de viver. Todos os hábitos que tínhamos, passamos a ter uma vida de alimentação integral, a medicação diária… Todos em casa tínhamos que estar comprometidos a isso, ajudando-o a controlar a doença”, conta, enquanto segura uma fotografia do marido, o sorriso dele agora apenas uma memória.

Durante quase uma década, a rotina da família girou em torno da saúde do marido. As viagens em busca de cuidados médicos tornaram-se frequentes, por vezes levando-os até Maputo e, em outras ocasiões, até à África do Sul. “As maiores dificuldades foram os tratamentos, porque, primeiro, não havia medicamentos no hospital. Tínhamos que fazer arranjos, às vezes encomendar medicamentos de fora”, explica Maria Helena, descrevendo o esforço conjunto que a família fazia para garantir que nada faltasse. Até mesmo o arroz integral, ausente nas prateleiras locais, precisava ser encomendado.

Nos últimos dias de vida do marido, a intensidade dos cuidados aumentou. A transição para a insulina trouxe novas responsabilidades para a família. “Ele tinha que tomar insulina duas vezes ao dia, e era injetada. Tínhamos que estar sempre ao lado dele para ajudar”, relembra Maria Helena, a voz carregada de dor. “Mesmo com todos os esforços, a perda dele deixou um vazio enorme na nossa vida. Até hoje, ainda não conseguimos nos adaptar.”

 

No Hospital, nem sempre há tempo para vencer 

A realidade enfrentada por Maria Helena é partilhada por muitos pacientes e famílias que procuram assistência no Hospital Provincial de Inhambane. Ali, a diabetes é mais do que uma estatística; é uma batalha diária. Médicos e enfermeiros lutam contra o tempo para salvar vidas, muitas vezes diante de pacientes que chegam em estágios avançados da doença.

David Maposa, médico internista no hospital, descreve a complexidade do cenário. “A grande maioria dos pacientes vem com complicações crônicas, como problemas de visão, coração, rins e sistema nervoso. Muitos só procuram ajuda quando a situação já é crítica”, lamenta. Para ele, um dos grandes desafios é a falta de diagnósticos precoces.

A diabetes não controlada afecta os vasos sanguíneos, comprometendo a circulação e danificando órgãos vitais. “Os pacientes entram com neuropatia, insuficiência renal e, muitas vezes, já dependem de tratamentos mais complexos. O diagnóstico precoce poderia evitar essas complicações”, reforça Maposa. Ele destaca ainda a crescente prevalência de diabetes entre jovens e crianças. “A diabetes tipo 1, associada à falta total de insulina, está a manifestar-se cada vez mais cedo. Já a tipo 2, frequentemente relacionada com obesidade e resistência à insulina, também é um problema crescente.”

Em 2024, Moçambique registou 16.644 novos casos de diabetes. Zambézia, Tete e Sofala lideram em número de diagnósticos, mas a realidade de Inhambane não é menos alarmante. Foram contabilizados 950 novos casos, somando-se a mais de 3.334 pacientes já em seguimento.

No entanto, o verdadeiro desafio está no subdiagnóstico. Segundo o *Relatório Nacional de Prevalência e Fatores de Risco para Doenças Crônicas, 92,9% da população inquirida nunca fez um teste de glicemia. “Ainda há muitos diabéticos que não sabem que têm a doença. Quanto mais expandimos o rastreio, mais casos descobrimos, mas isso não significa que sejam novos casos. São pessoas que já viviam com a doença sem saber”, explica Maposa.

A alimentação desempenha um papel crucial na prevenção e no controlo da diabetes, mas em Moçambique, a falta de informação leva a escolhas alimentares prejudiciais. “Temos alimentos locais que podem fazer a diferença, mas falta conscientização. Muitas vezes, as pessoas optam por alimentos processados ou ricos em açúcar, sem perceberem os danos que podem causar”, alerta um nutricionista do hospital, que preferiu não ser identificado.

Maria Helena confirma essa realidade. Durante os nove anos em que cuidou do marido, foi necessário ajustar drasticamente os hábitos alimentares da família. “Tivemos que aprender a cozinhar de forma diferente, a escolher os alimentos certos. Foi uma mudança para todos nós”, relata.

Para o médico internista, a mensagem é clara: prevenir é sempre melhor do que remediar. Ele encoraja todos, especialmente aqueles com histórico familiar de diabetes ou fatores de risco como obesidade e hipertensão, a fazerem check-ups regulares. “O diagnóstico precoce pode salvar vidas. E para quem já tem a doença, é fundamental seguir o tratamento e as orientações médicas”, sublinha Maposa.

Enquanto isso, Maria Helena continua a lutar para encontrar sentido na nova realidade da sua família. “A vida nunca mais foi a mesma, mas eu quero que a nossa história sirva de exemplo. A diabetes não é uma sentença de morte, mas exige cuidado, união e muita força”, conclui, com a voz embargada pela emoção.

A história de Maria Helena e de tantas outras famílias moçambicanas reflete a necessidade urgente de maior acesso a diagnósticos, medicamentos e informação. A diabetes não é apenas uma batalha pessoal; é um desafio de saúde pública que demanda atenção e ação imediata. Em Moçambique, onde tantas vidas estão em jogo, cada esforço conta.

 

O poder de escolhas que salvam vidas

No mercado central de Inhambane, entre o som dos mercados repletos de vida e as vozes das mães que negociam preços para o sustento diário, encontramos Artemisa Mazevila, uma experiente nutricionista, que abriu o coração e partilha as suas observações sobre esta batalha contra a diabetes. “As pessoas, infelizmente, estão a consumir cada vez mais alimentos processados e ricos em gorduras. Frituras,salsichas, embutidos… Tudo isso tem contribuído para o aumento dos casos de diabetes,” explica, com a voz firme, mas carregada de preocupação.

Mazevila, que já acompanhou centenas de pacientes, enfatiza que, muitas vezes, os moçambicanos escolhem alimentos processados acreditando que são mais práticos ou, paradoxalmente, mais saudáveis. “Alguns até pensam que alimentos caros são sinónimo de saúde. Mas é possível escolher opções simples, como batata-doce, mandioca e milho, que não só são acessíveis como também mais saudáveis,” destaca, gesticulando com intensidade enquanto fala.

Num dos bairros periféricos de Inhambane, onde o aroma das frituras invade as ruas estreitas, é comum encontrar pequenos estabelecimentos que vendem bolinhos de mandioca e batata frita, opções que, embora deliciosas, são um convite ao excesso de gordura. Para muitas famílias, alimentos frescos e locais, como a mandioca ou o inhame, são vistos como desatualizados, enquanto o pão integral e os cereais processados ganham espaço nas mesas, mesmo que a preços elevados.

“Existe este mito de que comer saudável é caro,” afirma Mazevila, abanando a cabeça com um sorriso quase triste. “Mas, se olharmos bem, alimentos como banana, batata-doce e mandioca, que são produzidos localmente, são mais baratos e muito mais acessíveis do que os industrializados. A questão é reeducar as pessoas para valorizarem o que têm à sua disposição.”

A nutricionista partilha ainda um dado surpreendente: muitos casos de diabetes poderiam ser prevenidos ou controlados apenas com mudanças nos hábitos alimentares. “Em casos de diagnóstico precoce, é possível controlar a diabetes sem medicamentos. Uma alimentação equilibrada e uma rotina estruturada, com refeições a cada três horas, fazem toda a diferença,” explica.

A manhã de um diabético não precisa ser um desafio. Mazevila pinta um cenário otimista ao descrever como um pequeno-almoço saudável pode ser a base para o controle da doença. “Em vez de um chá com açúcar, o paciente pode optar por chá verde ou folhas de limão. Acompanhar com carboidratos integrais, como batata-doce ou inhame, e adicionar uma salada ou verduras para equilibrar. É simples, mas transformador.”

O mesmo princípio aplica-se ao lanche. Frutas locais, batata-doce e uma dose de criatividade podem ser a combinação perfeita para manter os níveis de glicemia estáveis. Mazevila destaca ainda que a combinação de alimentos é essencial. “Não adianta comer apenas batata-doce por ser saudável. É preciso juntar verduras para criar um equilíbrio e assegurar que o açúcar no sangue se mantenha controlado,” reforça.

O apelo da nutricionista vai além dos diabéticos. Para ela, a educação alimentar deve começar cedo e incluir toda a comunidade. “Com ou sem diabetes, é importante procurar um nutricionista. Não se trata apenas de tratar doenças, mas de prevenir. A alimentação saudável é um investimento para o futuro, e não deve ser encarada como um luxo, mas sim como uma necessidade básica,” afirma com convicção.

Enquanto Artemisa Mazevila fala, é impossível não imaginar o impacto que estas mudanças poderiam ter. Em Moçambique, onde a saúde pública enfrenta desafios diários, a prevenção da diabetes não é apenas uma questão de saúde individual, mas de economia e sustentabilidade social.

À medida que os casos de diabetes continuam a crescer, a mensagem de Artemisa ecoa com urgência. A luta contra esta doença não precisa ser solitária, e pequenas mudanças podem salvar vidas. “A diabetes não é o fim. Com diagnóstico precoce, escolhas alimentares conscientes e apoio adequado, é possível viver uma vida plena,” conclui, com um brilho de esperança no olhar.

Esta é a história de milhares de moçambicanos que, todos os dias, enfrentam desafios entre o prato e a saúde. É um convite à reflexão, à ação e à solidariedade. Porque, no fim, a luta contra a diabetes é uma luta de todos nós.

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O alto-comissário de Moçambique no Malawi defende que a 35 feira internacional de comércio que decorre naquele país, deve servir para expositores do nosso país, buscar parcerias no capítulo de comércio regional. As províncias da Zambézia, Tete e Sofala estão a representar o país no evento.

A 35ª Feira Internacional de Negócios do Malawi decorre em Blantyre, e Moçambique marca a presença com uma delegação robusta, composta por representantes governamentais e empresariais das províncias da Zambézia, Tete e Sofala.

O Alto Comissário de Moçambique no Malawi, Alexandre Manjate, destacou a importância estratégica do evento, sublinhando que a participação moçambicana representa uma oportunidade para consolidar trocas comerciais e parcerias, aproveitando a proximidade geográfica entre os dois países.

A delegada provincial da APIEX na Zambézia, Maira Trindade, realçou a diversidade da oferta moçambicana e o interesse já demonstrado por investidores malawianos nos produtos nacionais.

Já o expositor Raul Paruque enalteceu o intercâmbio cultural e empresarial, mas defendeu maior investimento em logística e valorização da cultura e turismo.

Para a directora provincial da Indústria e Comércio da Zambézia, Regina Ngonde, a feira é também uma plataforma para reforçar o papel do Porto de Quelimane como corredor logístico essencial para o comércio com o Malawi.

Com negócios em andamento, contactos estabelecidos e a ambição de parcerias sólidas, Moçambique encerra mais um capítulo de presença ativa no comércio regional.

O Estádio do Jamor recebe, este domingo, às 18h15 de Maputo, mais uma final da Taça de Portugal. Sporting e Benfica lutam pelo troféu num dérbi eterno que vai acontecer pela quarta vez esta temporada. 

Os Leões procuram a dobradinha, que foge há mais de 20 anos, e o Benfica tenta amenizar a perda do campeonato para o grande rival.

Esta será a nona final entre as duas equipas de Lisboa. A última aconteceu há 29 anos, no célebre jogo do very light que vitimou um adepto do Sporting.

Leões e encarnados  protagonizam no Jamor uma partida que não acontecia há quase 30 anos.

O Bandirmaspor da segunda liga Turquia, equipa onde actua o internacional moçambicano Mexer Sitoe, qualificou-se para a final do play-off de acesso à primeira liga daquele país asiático.

Para chegar ao jogo decisivo, a equipa de Mexer venceu o Boluspor por 1-0 no jogo da segunda mão das meias-finais do play-off, fixando o agregado da eliminatória em 5-1.

Assim, a equipa de Mexer Sitoe vai defrontar o Karagumruk na final do play-off, a disputar-se na próxima quinta-feira. Em caso de vitória, Mexer vai disputar a primeira liga turca na próxima temporada, feito falhado na época passada, quando perdeu nas meias-finais do play-off.

Ferroviário da Beira e Costa do Sol protagonizam o jogo de destaque da segunda jornada do Moçambola-2025, este domingo no caldeirão do Chiveve. O Ferroviário de Maputo vai a Maxixe defrontar a Associação Desportiva de Vilankulo. Os treinadores dizem ser deslocações difíceis, mas vão para somar os três pontos.

A segunda jornada do Moçambola já rodou dois jogos, um na sexta-feira e outro este sábado. No derby de Nacala, o Desportivo venceu o Ferroviário por duas bolas sem resposta, alcançando a primeira vitória na prova. Já este sábado, Textáfrica do Chimoio e Chingale de Tete terminaram sem golos.

Este domingo, a jornada terá três jogos, nomeadamente: Ferroviário da Beira vs Costa do Sol, Associação Desportiva de Vilankulo vs Ferroviário de Maputo e Baía de Pemba vs Black Bulls.

Os treinadores das equipas forasteiras estão cientes das dificuldades, mas assumem o desejo de regressarem com os três pontos.

A Secretaria do Estado em Sofala ofereceu seis bolsas de estudo a raparigas necessitadas da província. A iniciativa da Associação Kulemba inclui um programa de apetrechamento de bibliotecas escolares. 

Na celebração de uma década de existência da Associação Cultural Kulemba, a Secretaria do Estado de Sofala ofereceu seis bolsas de estudo a raparigas desfavorecidas. 

Com a oferta das bolsas, a Secretária do Estado de Sofala juntou-se à iniciativa da Kulemba, que vai distinguir mais raparigas que se destacaram nos concursos literários da associação. 

Uma das várias entidades que se envolveu na causa das raparigas foi o Município da Beira. 

Além de bolsas de estudo, a iniciativa da Kulemba conseguiu, num leilão de artes plásticas, que contou com apoio de empresas locais, arrecadar fundos para o apetrechamento da biblioteca da Escola Básica do Aeroporto.

Pelo menos nove civis morreram num ataque do grupo fundamentalista islâmico Boko Haram a uma aldeia no estado de Borno, uma região assolada pela violência no nordeste da Nigéria.

De acordo com as autoridades locais, os combatentes do Boko Haram entraram na aldeia de Gajibo a pé e abriram fogo contra os habitantes. Houve troca de tiros com a milícia que combate ao lado do exército. 

No local, pelo menos nove pessoas morreram, incluindo dois civis membros da milícia, e houve vários feridos. 

Para reprimir a situação, as tropas da cidade vizinha de Dikwa intervieram e ajudaram a expulsar o grupo fundamentalista da aldeia. 

No grupo dos atacantes, estima-se que 10 pessoas ficaram feridas durante os confrontos. 

Nos últimos meses, o Boko Haram intensificou os ataques contra as bases militares e aldeias no estado de Borno. 

O exército nigeriano anunciou, na sexta-feira, que matou 16 fundamentalistas que tentaram atacar uma base militar, também no estado de Borno. As tropas nigerianas, apoiadas por caças, conseguiram repelir os atacantes.

O conflito, que dura há 16 anos na Nigéria, já matou mais de 40 mil pessoas e desalojou cerca de dois milhões no nordeste do país, segundo as Nações Unidas.

A violência alastrou aos países vizinhos – Níger, Chade e Camarões – levando à formação de uma coligação militar regional para combater os grupos fundamentalistas islâmicos.

Deflagrou um incêndio num armazém de ar-condicionados, pneus, tintas, televisores entre muitos outros materiais altamente inflamáveis, neste sábado, na cidade de Quelimane, província de Zambézia. A situação no terreno foi tão complicada que obrigou o Serviço Nacional de Salvação Pública a solicitar bombeiros dos Aeroportos.

O incêndio de grandes proporções ocorreu este sábado e presume-se que tenha iniciado à madrugada. Com a evolução do incêndio começa-se a notar do lado de fora uma fumaça o que despertou atenção de pessoas que passavam pela rua.

Foi cativado o serviço de salvação pública para debelar as chamas, mas dada a magnitude do incêndio não foi possível extinguir o fogo. Por isso, foram acionados bombeiros dos aeroportos para dar suporte. 

Depois de terminar mais de 15 mil litros de água foi necessário buscar mais. Quando parecia que o incêndio estava a ser extinto, volta a ganhar dimensão complicando ainda mais os trabalhos.

18 cidadãos de nacionalidade estrangeira, entre eles bengali, paquistanesa e Etíope, em situação de imigração clandestina, foram interpelados no distrito de Gorongosa, em Sofala, pelas Forças de Defesa e Segurança, quando se faziam transportar de forma deplorável, na parte traseira de um camião atrelado, com destino a província de Maputo.

Foi graças a uma denúncia popular que as autoridades ficaram a saber que  18 imigrantes ilegais viajavam num camião, que transportava caldo e lâmpadas e faziam o trajeto Nampula-Maputo. 

“Olhando ou fazendo leitura dos passaportes, denota-se que estes cidadãos terão saído dos seus países de origem nos dias 8  e 12 e terão aterrado num dos aeroportos em Malawi e lá violaram as fronteiras”, disse  Francisco Chambal, porta-voz do serviço de Migração em Sofala.  

O motorista do camião foi detido indiciado de auxilio a imigração ilegal, que é um acto criminal, além de ser uma infracção migratória. O motorista afirmou que os migrantes clandestinos entraram no seu camião no distrito de Mocuba, província da Zambézia.  

“Apareceu alguém aliciando-me por valores, e eu acabei aceitando”, disse o motorista. 

Ao transportador foram prometidos 60 mil meticais que seriam pagos no destino. O indiciado disse que durante o percurso de Mocuba a Gorongosa, cerca de 600 quilómetros, ia falando telefonicamente com a pessoa que lhe contactou  para transportar os imigrantes clandestinos.

“Mantia [contacto] para me mandar alimentação, mas de lá para cá, o número já não chama”

A direcção  provincial de Migração de Sofala não tem dados em relação aos objectivos que moveu esses indivíduos a escalarem Moçambique. 

“De facto é complicado para nós trazer as actividades que eles vinham desencadear e porque houve essa vontade de conhecer Moçambique  usando esses mecanismos ilegais, pois nos seus passaportes não detêm nenhum visto que os habilita a entrar em território nacional. Daí que é difícil para as autoridades definir qual é o motivo da vinda deles”, explicou o porta-voz do Serviço de Migração. 

Os ilegais, que serão deportados neste domingo, não quiseram falar à imprensa. 

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que pretende impor tarifas de 50% sobre os produtos importados da União Europeia (UE) a partir de 1 de junho. A medida, revelada através de uma publicação na rede social ‘Truth Social’, surge em resposta ao que Trump considera ser a estagnação nas negociações comerciais com o bloco europeu.

Na sua publicação, o Presidente criticou duramente a UE, acusando-a de ter sido criada com o objectivo de explorar os Estados Unidos em termos comerciais. Trump afirma que as discussões entre ambas as partes não têm produzido avanços e apontou uma série de queixas, incluindo barreiras comerciais, o IVA, sanções a empresas, barreiras não monetárias, manipulação cambial e processos judiciais contra empresas norte-americanas, que, segundo ele, têm contribuído para um défice comercial “totalmente inaceitável”.

“Vou recomendar a aplicação de uma tarifa directa de 50% sobre todos os produtos da União Europeia, com início a 1 de Junho. Produtos fabricados nos EUA estarão isentos desta taxa”, declarou Trump.

Esta medida foi anunciada pouco depois de outra ameaça do Presidente, direcionada à Apple. Trump afirmou que poderá impor tarifas de 25% sobre a empresa caso esta não transfira a produção de iPhones para território norte-americano.

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