Estádio Nacional do Zimpeto foi, esta quarta-feira, alvo de inspecção da Confederação Africana de Futebol. O trabalho feito vai determinar se Zimpeto volta ou não a acolher jogos internacionais.
“Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus. Pois ela te sustentará.
Não temas, segue adiante e não olhes para trá.s Segura na mão de Deus e vai”. Diz um célebre refrão do cântico de esperança do Santo Padre Marcelo Rossi. Daqui se encontra um exemplo que se encaixa como uma luva na situação do Estádio Nacional do Zimpeto, que está nas mãos do deus do futebol africano, CAF.
Excluído do futebol internacional desde 2021 devido ao mau estado do relvado, dos balneários, da vedação, da iluminação, e por falta de torniquetes, a maior infra-estrutura desportiva nacional voltou, na quarta-feira, a ser inspeccionada pela Confederação Africana de Futebol. A inspecção foi solicitada pela FMF, pensando no jogo de qualificação para o CHAN do próximo ano, contra Zâmbia, agendado para 22 a 24 de Julho.
Numa corrida contra o relógio, o Governo gastou cerca de 60 milhões de Meticais para melhorar o recinto. Foi ainda necessário montar os torniquetes na entrada principal do campo, para controlar a entrada dos espectadores. O sistema de iluminação foi melhorado e houve também montagem do separador da Área VIP.
Para ver de perto o trabalho, o mandatário da Confederação Africana de Futebol, o sul-africano, Joshua Knipp, percorreu, na quarta-feira, todo o Estádio Nacional de Zimpeto.
No início da vistoria, a maior atenção foi dada ao rectângulo de jogos. A fita métrica foi o aliado principal do enviado da CAF, tendo medido as dimensões do recinto, sobretudo as da baliza.
Depois se seguiu a avaliação do estado das bancadas, cabines destinadas à comunicação social e separadores montados na área VIP, onde foi instalada uma barreira que separa o local das bancadas comuns.
Os balneários também remodelados (cacifos para a colocação dos pertences dos jogadores e equipamento de jogos) foram inspeccionados por Joshua Knipp.
Contudo, as intervenções feitas pelo Governo não são suficientes. A melhoria da vedação faz parte das recomendações da CAF. O problema está longe de ser resolvido; o Zimpeto está escancarado!
O Estádio que custou cerca de 70 milhões de dólares ao Estado moçambicano parece ser uma passagem de nível sem guarda, fazendo a ponte entre o mercado grossista do Zimpeto e as zonas residenciais mais próximas. Ainda assim, Hilário Madeira era, no fim de todo o processo, um homem confiante:
“O trabalho correu muito bem, o inspector fez o que lhe competia e nós também fizemos a nossa parte. Estamos todos na expectativa de ter um resultado favorável. Acreditamos que, da última inspecção para cá, houve melhorias’”, disse o secretário-geral da Federação Moçambicana de Futebol, para depois colocar tudo nas mãos da CAF.
“Cabe ao inspector submeter o relatório final para a CAF, e esperamos ter um resultado favorável vindo deste organismo. A nossa vontade é podermos jogar com a Zâmbia em casa e foi feito um esforço colectivo para que possamos jogar no Zimpeto e receber o Senegal neste recinto”, afirma Madeira.
O relatório da avaliação da CAF deverá ser anunciado nos próximos dias.