Mesmo com a onda de tensão que se vive no Zimbabwe, onde tudo indica para um eventual golpe de Estado, o movimento na Fronteira de Machipanda, em Manica, continua estável, mas as autoridades garantem que a qualquer momento poderão reforçar as medidas de segurança naquele ponto de acesso de e para Moçambique.
Maxwel Moyo entrou em Moçambique, concretamente na vila de Manica na manhã desta quarta-feira com a finalidade de efectuar compras de alguns produtos alimentares que escasseiam no seu país. Encontramo-lo na Fronteira de Machipanda meio reticente para regressar ao seu país de origem depois de ter recebido informações de seus familiares que a situação estava com a tendência de piorar, onde já se apontava para a detenção do presidente Robert Mugabe e sua família.
“Estou com medo de regressar ao meu país. Vim esta manhã para comprar alguns produtos. Diz-se que houve desentendimento entre as lideranças e a situação está a criar um ambiente de caos no Zimbabwe”, disse Moyo.
Munharadzi Shoko, outro cidadão zimbabweano apontou que fugiu do seu país por temer actos de perseguição à sua pessoa, uma vez ser líder de um movimento juvenil contra o regime de Robert Mugabe.
Aqui as autoridades dizem não ter registado qualquer situação anómala, entretanto mostram-se atentas para responder a qualquer ocorrência.
Só nas últimas 24 horas, usaram a fronteira de Machipanda mais de dois mil utentes e setecentas e trinta e nove viaturas.