O governo de Zimbabwe baniu, ontem, o uso a comercialização de embalagens fast-food feitas de material poliestireno (mais conhecidas por kaylites). Esta medida repentina deve-se ao facto do recipiente libertar produtos químicos ao entrar em contacto com alimentos e bebidas quentes, assim como com álcool, causando dores de cabeça, problemas respiratórios, renais, efeitos gastrointestinais, fraqueza e fraca concentração aos consumidores, de acordo com My Zimbabwe.co.zw.
A embalagem contém o estireno, um hidrocarboneto aromático que pode deformar os cromossomas, causar cancro e mau funcionamento dos pulmões. Para além do perigo à saúde humana, a embalagem é prejudicial ao meio ambiente, pois não é economicamente viável para reciclagem e pode ser consumida por animais aquáticos que fazem parte do consumo humano.
Zenzo Simbi, da Agência de Gestão Ambiental, em comunicado de governo, reiterou que o indivíduo que for encontrado a usar este tipo de embalagem será apreendido. “A proibição foi efetuada após ampla consulta, a fim de proteger os cidadãos do Zimbabwe dos impactos ambientais e de saúde causados pelo poliestireno expandido (kaylite)”, afirmou.
Estabelecimentos e fábricas de comida sentem-se economicamente prejudicados pela proibição, e reclamam de não ter recebido nenhum tipo de aviso nem sequer uma alternativa. "Nós usamos estas embalagens o tempo todo para atender nossos três milhões de clientes no país e o anúncio pelo governo de parar de usar kaylites significa que temos de simplesmente nos conformar com a lei", disse Warren Mears, director-gerente da Simbisa Brands.