O Presidente russo, Vladimir Putin, deverá assumir o quarto mandato presidencial após a sua primeira eleição em 2000, para além de ter assumido o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2012, escreve o Notícias ao Minuto.
A reeleição de Putin é assinalada pelas críticas da oposição interna e uma crescente crispação com os países ocidentais.
Nos primeiros dois mandatos presidenciais Putin cumpriu quatro anos, em cada um, à frente do Kremlin, tendo a duração dos mandatos sido ampliada para seis anos a partir de 2012.
As eleições ocorrem num momento em que a Rússia é alvo de sanções britânicas, em reação ao envenenamento em Inglaterra do ex-agente duplo russo Serguei Skripal, num caso que parece ter confirmado o regresso de uma nova Guerra Fria desde o regresso de Putin ao Kremlin, em 2012.
A última sondagem do instituto público VTsIOM dava a Putin 69% das intenções de voto, com larga vantagem face aos restantes candidatos.
O grande ausente da eleição presidencial é o opositor "número um" do Kremlin, Alexei Navalny, o único com capacidade de mobilizar dezenas de milhares de pessoas, acusado pelas autoridades de "repetida violação" da lei sobre a organização de manifestações e proibido de concorrer ao escrutínio devido a uma antiga condenação judicial, que considera encenada pelo Kremlin.
Com a eleição de Putin praticamente assegurada, a taxa de participação será o principal "barómetro" deste escrutínio. O Kremlin empenhou-se nesta campanha, para um objetivo que os 'media' resumiram pela fórmula "70-70": 70% de participação e 70% de votos para Putin.