Cerca de 31 unidades sanitárias foram destruídas, algumas na província de Cabo Delgado, na sequência de ataques terroristas e outras em Manica e Sofala, pelas acções armadas da Junta Militar da Renamo.
A informação foi partilhada hoje pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, durante a sessão de respostas às perguntas de insistência dos deputados da Assembleia da República.
Segundo Armindo Tiago, não é apenas a violência armada que causa danos às infra-estruturas sanitárias, os fenómenos naturais também provocam destruições avassaladoras à logística hospitalar.
“A nossa tristeza é também devido aos desastres naturais que destruíram as infra-estruturas hospitalares. Vimos, por exemplo, muito recentemente, unidades sanitárias destruídas pelo ciclone Eloise”, disse Armindo Tiago.
Sobre a logística de medicamentos, Armindo Tiago explicou aos deputados que foram erguidas várias infra-estruturas em diferentes pontos do país, por exemplo, nas províncias de Maputo e Nampula.
O ministro afirmou, ainda, que os centros de distribuição de medicamentos estão sob monitoria electrónica, de forma a garantir controlo no stock.
Ainda sobre a destruição das unidades sanitárias, o responsável da Saúde disse que os ataques armados estão, também, a atrasar a expansão destas infra-estruturas no país.
“Estes ataques e fenómenos naturais estão a contribuir para desacelerar o projecto “Um distrito, Um hospital”, programa presidencial de expansão de unidades sanitárias nos distritos”, afirmou Armindo Tiago.
Em relação à prevenção e combate a COVID-19, o governante assegurou que, de um total de 15 empresas contratadas, pelo menos sete já estão a fornecer serviços ao Ministério da Saúde.