A vice-presidente do Parlamento Europeu, Eva Kaili, e três outras pessoas foram acusadas hoje, na Bélgica e estão em prisão preventiva, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de corrupção relacionadas com o Qatar.
O Ministério Público Federal não forneceu nomes ao anunciar a prisão preventiva de quatro das seis pessoas presas nas últimas 48 horas, de acordo com o que avançou fonte judicial à agência de notícias francesa France Presse.
O Notícias ao Minuto refere que quatro pessoas foram presas após serem indiciadas por um juiz de instrução de Bruxelas por “pertencerem a uma organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção”, informou a procuradoria federal em comunicado à imprensa. Outras duas pessoas foram libertadas pelo juiz.
A mesma fonte explicou que Eva Kaili não pode beneficiar da sua imunidade parlamentar porque o crime de que é acusada foi detectado ‘em flagrante delito” na sexta-feira.
Na noite de sábado, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, havia decidido uma primeira sanção contra Eva Kaili: foi destituída de todas as tarefas delegadas, incluindo a de representá-la na região do Médio Oriente.
Por sua vez, eurodeputados de esquerda exigiram a renúncia de Kaili, excluída do Partido Socialista Grego (Pasok-Kinal) na noite de sexta-feira.
A polícia de Bruxelas realizou na sexta-feira 16 buscas domiciliárias e efectuou as detenções, entre as quais o companheiro de Kaili, actual colaborador ligado ao grupo dos Socialistas e Sociais Democratas no PE.