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Venezuela destaca milhares de militares para tomada de posse de Maduro

O Governo da Venezuela distribuiu 1200 militares em todo o país, para “garantir a paz” antes e durante a tomada de posse de Nicolás Maduro para um novo mandato presidencial, na próxima sexta-feira.

A operação foi anunciada, segundo o Notícias ao Minuto, pelo Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas Bolivarianas, num vídeo divulgado nas redes sociais, onde se vê militares em várias ruas do centro e em estações de metro de Caracas, a capital venezuelana.

“Iniciámos um destacamento pela segurança e a paz do nosso povo. Somos 1.200 homens e mulheres uniformizados da gloriosa Força Armada Nacional Bolivariana (…) Vamos garantir a paz do país, vamos dar segurança ao povo, vamos garantir que no dia 10 de Janeiro o presidente tomará posse. No dia 10 tomamos posse com ele”, disse o coronel Alexander Granko Arteaga, da Direcção de Contrainteligência Militar (serviços de informações militares), num vídeo divulgado no Instagram.

De acordo com o Notícias ao Minuto, o coronel Alexander Granko Arteaga afirmou ainda que a revolução e a Venezuela estão sob ameaça e que têm sido realizadas operações contra mercenários, com resultados frutíferos.

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de Julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao actual Presidente Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição afirma que o seu candidato, Edmundo González Urrutia (actualmente exilado em Espanha), obteve quase 70% dos votos. Além da oposição venezuelana, vários países denunciaram fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as actas de votação para uma verificação independente.

Na quinta-feira, as autoridades venezuelanas ofereceram uma recompensa de 100 mil dólares norte-americanos (97,4 mil euros) por informações sobre o paradeiro de Urrutia.

Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

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