Vendedores do Mercado Zimpeto, na Cidade de Maputo, estão agastados com o aumento de roubos à noite. A direcção do mercado diz que o problema se deve à falta de iluminação.
São na sua maioria vendedores do grossista do Zimpeto há mais de duas décadas. Segundo contaram ao“O País”, nos últimos dias, falta de segurança no mercado e os roubos são frequentes.
Nilza Mucavel vende cebola naquele mercado. Segundo a vendedeira, em menos de um mês perdeu 20 sacos do produto e registrou um prejuízo avaliado em cerca de nove mil meticais.
“Fui participar do caso na esquadra mas até hoje não tive resposta positiva e não tenho como recuperar o produto. Nós sentimos que a segurança do mercado é fraca, tanto é que se pode afirmar que não existe”, explicou Nilza Mucavel.
Os vendedores acusam os guardas do mercado e questionam as taxas que pagam para garantir a segurança dos seus produtos entre outras finalidades.
“Quem nos rouba são os guardas. Geralmente quando os miúdos roubam subtraem apenas um saco de cebola. Os guardas alegam que não recebem”, queixou-se Celeste Fabião.
Segunda a vendedeira, o problema está a aumentar sem solução à vista, o que faz com que os vendedores somem prejuízos avultados.
“Seria bom que colocassem pelo menos três guardas em cada sector, porque o que os ladrões fazem prejudica o nosso negócio. A cebola custa 450 meticais e alguém chega e rouba!!!”.
Segundo a direcção do mercado, os roubos acontecem todos os dias, situação que se agrava com a falta de iluminação.
“Eles tem escalado o muro e pelo facto do mercado ser muito grande, durante a noite os guardas não conseguem ver devido a iluminação”, explicou Armando Samussone, responsável da segurança, revelando que “já foi adjudicada uma empresa que irá montar os postes para que o mercado esteja cem por cento iluminado”.
Além dos 16 guardas contratados, o mercado grossista do Zimpeto conta, também, com a polícia municipal e de proteção, para garantir segurança. Mas os vendedores dizem que a presença destas forças não se faz sentir.