A província da Zambézia registou, de 12 a 15 do corrente mês, a ocorrência de chuvas intensas acompanhadas de ventos fortes que causaram cinco óbitos, dois dos quais ocorreram no distrito de Molumbo, outros dois em Mocuba e um na Maganja da Costa.
De acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), queda de árvores e descargas atmosféricas estão na origem da situação.
Sucede que, com a intervenção nos trabalhos de estradas rurais em curso, no âmbito do financiamento do Banco Mundial, em algumas zonas foram abertas crateras que, com a queda da chuva, ficam cheias de água e as crianças aproveitam o momento para nadar. Esta situação provocou a morte de duas crianças por afogamento no distrito de Mulumbo, depois de terem mergulhado e não conseguir nadar.
Nelson Ludovico, delegado do INGD na Zambézia, fez saber que, neste momento, uma brigada provincial está no terreno a trabalhar para debelar a carência das famílias, por causa do infortúnio decorrente das chuvas e ventos fortes.
“De facto, isso nos entristece enquanto Governo, todavia estamos no terreno a procurar confortar as famílias. O plano de reposicionamento de bens alimentares foi implementado em 100% na província.”
Há registo de queda de árvores por cima de casas das famílias, destruição de 54 salas de aula naqueles distritos, setes postes de energia que até condicionaram o fornecimento de iluminação da rede eléctrica nacional, devido aos estragos das infra-estruturas eléctricas no distrito de Milange. A situação comprometeu por algumas horas a economia do distrito, sobretudo na conservação de produtos frescos.
O plano de contingência da província da Zambézia para a presente época chuvosa prevê um orçamento na ordem de pouco mais de 66 milhões de meticais para debelar a situação das intempéries no cenário. O referido cenário prevê que serão afectadas mais de 130 mil pessoas que residem ao longo das principais bacias hidrográficas, nas cidades e vilas.
“Quando nós falamos de cenário três, importa referir que estamos a juntar os cenários um e dois. O cenário um prevê inundações nas cidades e vilas, bem como ventos fortes e secos. Já no cenário dois, prevê-se a ocorrência de sismos”, explicou Nelson Ludovico, tendo também referido que, no terreno, o cenário de assistência às famílias em caso de eventualidades está assegurado.