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Vencer o “africano” com mundial no horizonte

Foto: FMP

Moçambique projecta voltar a fazer parte das melhores oito selecções do mundo de hóquei em patins. Para tal, a selecção nacional quer vencer o campeonato africano ou ficar na segunda posição, prova que vai ter lugar em Dezembro, no Egipto.

Má memória para Moçambique. Sem nenhuma vitória no mundial do grupo A em Sun Juan, Argentina, a selecção nacional desembarcou ontem ao solo pátrio. O que não estava nas contas dos moçambicanos aconteceu. Moçambique deixou de fazer parte das oito melhores potências do hóquei a nível planetário, facto que não acontecia desde 2005.

A queda de Moçambique vem quebrar a tradição que o país tem nesta competição, em que 2011 alcançou a sua melhor classificação de sempre, o quarto lugar. Foi, aliás, em Sun Juan que a selecção nacional caiu com estrondo.

O conjunto moçambicano até teve chance de voltar ao convívio dos grandes, disputando a Taça Intercontinental, prova na qual arrancou boas exibições aliadas aos bons resultados. Porém, contra todas as expectativas, perdeu na final diante da Colômbia, por 4-7.

A derrota contra os colombianos apagou o último resquício que o país tinha de poder voltar a integrar a elite do hóquei mundial. E porque águas passadas não movem moinhos, a Federação Moçambicana de Patinagem definiu como prioridade a conquista do campeonato africano, prova que vai decorrer de 7 a 11 de Dezembro, no Egipto,

Apesar de a competição qualificar os dois primeiros classificados, ou seja, o campeão e vice-campeão, as estruturas que superintendem o hóquei moçambicano sonham alto, daí que a meta é conquistar o “africano”. Essa será, também, uma forma de recuperar a hegemonia ao nível do continente.

Caso vença o “africano” ou fique na segunda posição, Moçambique irá carimbar o passaporte para o mundial do Grupo A, marcando mais uma etapa no hóquei moçambicano. A selecção nacional está integrada no grupo B juntamente com as suas congéneres da África do Sul e Angola. As selecções do Egipto, Benim e República Democrática de Congo irão corporizar o Grupo A da prova.

Nesta competição, por sinal a segunda edição do campeonato africano da modalidade, Moçambique e Angola são as selecções com maiores probabilidades de se qualificar para o mundial, atendendo que na primeira edição alcançaram esse feito. Joga a favor das duas selecções também o facto de conservarem uma enorme história ao nível do continente africano.

Em caso de falhar o pódio no “africano”, a selecção tem mais uma porta para voltar a fazer parte do Grupo. O combinado nacional vai disputar, em 2024, na Itália, a Taça Intercontinental. Ora, só com a conquista da prova é que o país pode garantir o regresso do “top-8” do hóquei mundial.

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