Venâncio Mondlane reitera que está disponível a participar do Diálogo Nacional Inclusivo, como parte dos planos de acção do partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo, ANAMOLA
A recém-criada força política Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA) realizou, esta terça-feira, em Maputo, a sua primeira sessão extraordinária da comissão executiva, com foco na definição do plano de actividades para o biénio 2025-2026.
Entre as prioridades anunciadas está a participação activa no Diálogo Nacional Inclusivo. O líder da formação, Venâncio Mondlane, sublinhou que este é um compromisso firme do partido.
“Queremos participar e contribuir para o chamado diálogo político inclusivo. É um ponto que temos vindo a reiterar, inclusive nas duas sessões que mantivemos com o Governo. Temos propostas concretas a apresentar”, reforçou.
Mondlane defende ainda uma profunda revisão da Constituição da República, com destaque para a reforma do sistema eleitoral.
“Precisamos de um sistema eleitoral moderno, despartidarizado e independente do controlo do poder executivo. É isto, em linhas gerais, que defendemos.”
Segundo o líder do partido, estas reformas ajudariam a prevenir conflitos pós-eleitorais. Um dos pontos-chave, referiu, é a adopção do apuramento online, em tempo real:
“O apuramento parcial que fazemos actualmente pode ser convertido num processo online e público na mesma noite da votação. Não precisamos inventar nada, basta aprimorar o que já existe, como fazem países como a África do Sul ou o Botsuana.”
Além dos membros da comissão executiva, a sessão contou com convidados, entre os quais o jornalista Salomão Moiane, que deixou conselhos estratégicos ao partido.
“O partido deve estar organizado, sobretudo em termos de quadro, porque vai receber uma avalanche de pessoas vindas de outras formações. Há duas possibilidades: rejeitar essas pessoas ou, como recomendo, recebê-las e integrá-las em tarefas concretas.”
A sessão encerrou com um apelo à abertura e à inclusão, num momento em que o partido estrutura a sua presença orgânica e define prioridades políticas.