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Venâncio Mondlane diz que não vai aceitar “roubo” de votos

Venâncio Mondlane diz que não vai aceitar “roubo” de votos e muito menos permitir que alguém fique no poder à força, igual, supostamente, ao que aconteceu nas eleições autárquicas de 2023. O candidato presidencial anuncia o início de uma vigília, em que nenhum jovem moçambicano vai dormir, até à divulgação dos resultados.Venâncio Mondlane e a sua esposa chegaram com pouco mais de uma hora de atraso à Escola Primária 25 de Setembro, local onde eram esperados para votar.

Exerceu o direito cívico e, logo de seguida, interagiu com a imprensa, onde deixou claro que, desta vez, nada e ninguém pode negar a vontade popular nas urnas, porque os jovens não serão tolerantes.

“Se isto continuar a decorrer neste sentido, eu penso que vão ter uma grande surpresa neste país, porque os jovens não estão disponíveis para mais uma fraude desta natureza”, alertou.

Para o candidato presidencial, os jovens estão cansados e precisam de alternância no poder.

“Eu creio que, desta vez, não vai ser como das outras vezes, e eu estarei do lado do povo. Ao longo de 50 anos, só desgraçaram este país, desgraçaram a educação, a indústria e criaram uma economia débil”, apontou Venâncio Mondlane.

Mondlane diz, ainda, que a exigência da justiça eleitoral não será pacífica como foi nas eleições autárquicas.

“Não vamos aceitar que esta corja continue no poder, como fizeram nas eleições autárquicas. Desta vez, não vai ser o mesmo cenário tão pacífico, digamos, aquele tapete de pétalas de rosas, como aconteceu nas eleições autárquicas. Desta vez, vai ser sério, e é bom que eles se preparem”, vincou.

O candidato está confiante numa vitória absoluta com uma percentagem bastante isolada dos seus adversários.

“Eu, neste momento, não tenho dúvidas de que tenho uma tendência de votos de 80%. Todos os factos recolhidos, até agora, comprovam isso. Não estou a falar apenas por um simples desejo, são factos”, disse.

Para assegurar a sua referida vitória, Venâncio Mondlane apela aos eleitores para que fiquem acordados até à divulgação dos resultados, vigiando todo o processo a passos milimétricos.

“Temos de ficar todos atentos. Os jovens não devem dormir. Hoje é um dia fulcral para o nosso futuro, e eu penso que é um momento interessante, porque, na minha forma de ver, a história já está ansiosa e está anunciando uma transição geracional, uma alternância democrática que já há muito ansiamos e, por isso, essa responsabilidade é de todos nós”, apelou Mondlane.

Além disso, o candidato presidencial denunciou vários ilícitos eleitorais, que, no seu entender, consubstanciam a preparação da fraude.
Uma das inquietações tem a ver com a alteração da posição do partido PODEMOS em alguns boletins de votos.

“Para a candidatura à Assembleia da República, dos 11 círculos eleitorais, em 10, a posição do partido PODEMOS difere daquilo que foi publicado no sorteio que foi feito. Na altura, a posição era 17, mas agora, em 10 círculos eleitorais o PODEMOS aparece na posição 16”, denunciou.

Queixa-se, ainda, da rejeição de autorização de 300 novas credenciais por parte da presidente da comissão eleitoral da cidade. O facto é que o mandatário do partido PODEMOS foi agredido e arrancaram-lhe credenciais no distrito municipal KaMubukwana, na Cidade de Maputo, acto que foi confirmado pela polícia, que passou um auto.

O que mais indigna Venâncio Mondlane é o facto de que a referida directora, Ana Chemane, foi a mesma que validou os resultados das eleições autárquicas no meio de discórdias.

“Ela validou resultados falsos, que foram provados, pelo menos no Tribunal Judicial Kampfumo, Nlhamankulu e KaMavota. Os editais eram falsos e foi provado em tribunal. Entretanto, esta mesma senhora é a presidente que se mantém intacta, e não houve nenhuma consequência e, nestas eleições, volta a sua cruzada contra a oposição”, afirmou o candidato.

Com isso, Mondlane suspeita que foi montado um esquema perfeito para operacionalizar uma fraude.
Terminou apelando a todos potenciais eleitores, em especial aos seus seguidores, para que votem em massa e que votem conscientes.

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