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União Europeia contra nova condenação de San Suu Kyi

A prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, foi novamente condenada ao abrigo de uma lei anticorrupção, num processo que a União Europeia considera politicamente motivado pela Junta Militar para excluir a antiga líder birmanesa da vida política.

Sob prisão domiciliária, desde o golpe militar de 01 de Fevereiro do ano passado, a líder deposta pelos militares em Myanmar conheceu, na quarta-feira, uma nova condenação, a terceira num intervalo de cinco meses, devendo permanecer mais cinco anos de prisão ao abrigo da lei anticorrupção birmanesa.

Para a União Europeia, o julgamento de Aung San Suu Kyi foi motivado politicamente. Representa um novo passo para o desmantelamento do Estado de Direito, uma nova violação flagrante dos direitos humanos na Birmânia e outro grande revés para a democracia no país desde o golpe militar de 01 de Fevereiro de 2021.

Nabila Massrali, porta-voz do chefe da diplomacia europeia Josep Borrell, disse que os procedimentos tomados pela Junta Militar são uma clara tentativa de excluir os líderes democraticamente eleitos, incluindo a ex-líder birmanesa e o seu partido, a Liga Nacional para a Democracia, do processo de diálogo inclusivo.

Aung San Suu Kyi, de 76 anos de idade, cumpre a pena de prisão domiciliária há mais de um ano e, assim, deve permanecer durante o seu julgamento. A ex-líder é acusada de uma multiplicidade de crimes, entre os quais a violação de uma lei sobre segredos de Estado, fraude eleitoral, sedição e corrupção, e corre, por isso, risco de um cumulativo de décadas de prisão.

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