“Chegou o momento de permitir que a voz de África ressoe em todo o mundo”. Estas são palavras do chefe de Estado das Comores e presidente em exercício da União Africana (UA) em 2023, numa cerimónia na sede da organização, em Adis Abeba, para comemorar o Dia de África.
No Dia de África, assinalado esta quinta-feira, Azali Assoumani voltou a defender a presença permanente da organização pan-africana no G20 (grupo de países industrializados e emergentes) e no Conselho de Segurança da ONU.
Assoumani afirmou que, durante o seu mandato à frente da organização pan-africana, tentará “convencer os homólogos do G20 da necessidade urgente de a União Africana se tornar membro de pleno direito desta instituição”.
“Através desta presença permanente, a nossa organização, a União Africana, terá a oportunidade de dar a sua opinião sobre as grandes decisões económicas e financeiras que lhe dizem respeito”, observou.
O líder da União Africana reiterou o apelo a reformas que permitam ao continente dispor de um ou mesmo mais lugares permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Esta nova representação, acrescentou, serviria para “pôr fim à injustiça que sempre foi infligida” ao continente africano.