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Umaro Sissoco Embaló exilado no Senegal

Foto: Observador

O Presidente deposto da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, está, desde hoje, exilado no Senegal. A sua retirada foi negociada e facilitada pelo governo senegalês e os militares indicaram Ilídio Vieira Té, director de campanha de Sissoko para primeiro-Ministro e ministro das Finanças. Quem continua detido é o Presidente da Assembleia Nacional e do PAIGC Domingos Simões Pereira.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, da qual faz parte o Guiné-Bissau realizou esta quinta-feira uma cimeira extraordinária virtual para discutir a situação do país membros. E uma das decisões foi negociar com os militares a soltura do presidente deposto Umaro Sissoko Embaló e a consequente autorização para que fosse ao exílio.

Na manhã desta Sexta-feira, o Senegal conseguiu a sua soltura e enviou uma aeronave fretada que retirou Embaló de Bissau e que neste momento encontra são e salvo em Dakar, segundo uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Senegal.

O Governo de transição escolheu o diretor de campanha e ex-ministro das Finanças do Governo de Sissoco como primeiro-ministro e ministro das Finanças. Ilídio Vieira Té era homem de confiança do Presidente cessante.

O CEDEAO adotou, durante a cimeira, a firme condenação da tentativa de tomada do poder pela força, o apelo à restauração da ordem constitucional e à libertação imediata do Presidente Umaro Sissoco Embaló e de todos os detidos.

“Os chefes de Estado decidiram ainda criar um pequeno comité de mediação, do qual o Senegal é membro, que se deslocará em breve a Bissau para acompanhar a implementação destas medidas”, pode ler-se na nota da diplomacia senegalesa.

O Senegal sublinhou ainda que desde o início da crise tem mantido uma comunicação direta com todos os intervenientes relevantes na Guiné-Bissau, em discussões centradas na libertação de Embaló e de alguns dos seus acompanhantes, bem como de todas as outras figuras políticas detidas.

As conversações têm sido focadas também na reabertura das fronteiras para facilitar a retirada de pessoas, incluindo membros das diversas missões de observação eleitoral.

Continua detido e em parte incerta Domingos Simões Pereira, Presidente do parlamento dissolvido por Embaló há um ano, e impedido de concorrer ao escrutínio juntamente com o partigo que dirige o PAIGC.

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