Uma a cada seis pessoas sofre de infertilidade no mundo, estima um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado, esta segunda-feira.
O relatório, segundo o Notícias ao Mundo, teve por base dados de mais de uma centena de estudos sobre a prevalência da infertilidade à escala global e regional, entre 1990 e 2021.
A infertilidade é a doença do sistema reprodutor masculino ou feminino que se traduz na incapacidade de conseguir uma gravidez após um ano ou mais de relações sexuais desprotegidas.
Segundo o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado, “a proporção de pessoas afectadas” no mundo pela infertilidade revela a necessidade de alargar o acesso aos tratamentos de fertilidade e garantir que o assunto não seja mais deixado de lado na investigação e nas políticas de saúde”.
“Para que formas seguras, eficazes e acessíveis de obter a paternidade estejam disponíveis para aqueles que a procuram”, sublinhou.
O relatório assinala que a prevalência da infertilidade atinge sem grandes variações tanto os países ricos como os países pobres.
Contudo, nos países mais pobres as pessoas gastam uma proporção maior do seu rendimento em tratamentos de fertilidade face às dos países mais ricos.
“Milhões de pessoas enfrentam custos catastróficos de saúde depois de procurarem tratamento para a infertilidade”, alertou o director para a Investigação em Saúde Sexual e Reprodutiva da OMS, Pascale Allotey, considerando que “melhores políticas e financiamento público podem melhorar significativamente o acesso aos tratamentos e proteger as famílias mais pobres”.
A OMS salienta que os elevados custos impedem frequentemente as pessoas de acederem a tratamentos ou deixam-nas depauperadas.