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Última batalha contra o colonialismo português aos olhos de M’tumuke

O antigo ministro da Defesa Nacional, Atanásio Salvador M’tumuke, lançou o seu primeiro livro em Nampula em que nele conta a última batalha contra o colonialismo português, que dirigiu em Agosto de 1974. Conta que sem disparo de um único tiro, ele e os seus homens recorreram a um megafone, tendo conseguido capturar 142 soldados portugueses.

A narrativa da considerada Última Batalha da Luta Armada de Libertação Nacional é contada por Atanásio Salvador M’tumuke, que, num duplo papel de escritor e personagem principal, começa por contar a missão que recebeu de Samora Machel em 1974, quando o convidou para Nachingweia, na Tanzânia, com o objectivo de o desafiar a aniquilar os últimos aquartelamentos de soldados portugueses que propositadamente tinham sido montados ao longo da fronteira com a Tanzânia, um corredor estratégico para a Frente de Libertação Nacional, que tinha a sua base político-militar naquele país vizinho.

O megafone que pediu lhe foi disponibilizado e é precisamente este o instrumento de comunicação que foi determinante para o assalto às bases de Omar no distrito de Mueda, província de Cabo Delgado, a 1 de Agosto de 1974. Com mensagens “rendam-se, tomados a terra e o espaço”, os guerrilheiros da FRELIMO naquela operação conseguiram fazer render-se 142 soldados portugueses sem necessidade de efectuar um único disparo de arma de fogo.

O livro “O Fim da Luta de Libertação Nacional: Operação Omar” foi prefaciado pelo Presidente da República, o mesmo que incentivou M’tumuke a escrever esta história epopeica e inusitada.

Atanásio Salvador M’tumuke é natural de Cabo Delgado, aos 16 anos, entrou na Luta de Libertação Nacional. Aos 24 anos, atingiu a elevada patente  de Major-General. De 2015 a 2019, foi ministro da Defesa Nacional. Agora, é Major-General na reserva.

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