Falta de financiamento para ajuda humanitária ameaça os esforços de Uganda, país que acolhe cerca de 600 refugiados por dia desde o início do ano, a maioria vindo do Sudão do Sul e RDC, devido aos conflitos.
Há cada vez mais refugiados a procurar por segurança no Uganda, um dos maiores países africanos que acolhe os “sem teto”.
Desde o início de 2025, uma média de 600 pessoas por dia chegaram ao país, com a expectativa de que este número chegue a 2 milhões até o final do ano.
Actualmente, Uganda abriga 1,93 milhão de refugiados, dos quais mais de um milhão têm menos de 18 anos. No entanto, a resposta humanitária enfrenta uma das piores crises de financiamento em décadas, segundo as Nações Unidas.
A Diretora de Relações Externas do ACNUR visitou recentemente centros que acolhem refugiados sudaneses e sul-sudaneses em Uganda e alertou que mais crianças morrerão de desnutrição, mais meninas serão vítimas de violência sexual e famílias ficarão sem abrigo ou protecção, a menos que o mundo se mobilizasse, já que o financiamento de emergência pode acabar até Setembro.
A política progressista de refugiados de Uganda permite que os refugiados vivam, trabalhem e tenham acesso a serviços públicos, mas a escassez de financiamento está a impactar drasticamente a prestação de ajuda e ameaça desfazer anos de progresso. Actualmente, os refugiados recebem apenas um terço do que precisam para atender às suas necessidades básicas anualmente.